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segundinho

A forma segundinhoé [derivação masculino singular de segundosegundo].

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segundosegundo
( se·gun·do

se·gun·do

)


adjectivo numeral e nome masculinoadjetivo numeral e nome masculino

1. Que ou o que está logo depois do primeiro.

2. Que, numa série de dois, ocupa o último lugar.

3. Secundário; indirecto; outro; novo.

4. [Figurado] [Figurado] Rival; semelhante; comparável.


nome masculino

5. Aquele que está em segundo lugar.

6. [Física, Metrologia] [Física, Metrologia] Unidade de medida de tempo do Sistema Internacional (símbolo: s) equivalente à duração de 9 192 631 770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois níveis do estado fundamental do átomo de césio 133; sexagésima parte do minuto.

7. [Informal] [Informal] Período de tempo muito curto (ex.: espere um segundo, por favor).

8. [Geometria] [Geometria] Unidade de medida de ângulo plano (símbolo: '') equivalente a 1/60 de minuto ou a 1/3600 do grau.


advérbio

9. Em segundo lugar.


preposição

10. Indica conformidade ou concordância com algo ou alguém (ex.: segundo as informações que recebemos, vai haver troca de ministros). = CONFORME, CONSOANTE, DE ACORDO COM


conjunção

11. Introduz uma comparação, indicando que algo é feito ou acontece do mesmo modo que outra coisa (ex.: correu tudo segundo o planeado). = COMO, CONFORME

etimologiaOrigem etimológica:latim secundus, -a, -um, seguinte, propício, favorável, segundo, que vem depois do primeiro.
segundinhosegundinho


Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Na frase "Isto não lhe arrefece o ânimo", qual é o sujeito?
A frase que refere é apresentada na Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1998, 14.ª ed., p. 126), como exemplo de uma frase em que um pronome demonstrativo (isto) tem função de sujeito. Há vários critérios para identificar o sujeito numa frase, nomeadamente critérios de concordância em número entre o sujeito e o verbo (o pronome isto implica, por exemplo, que o verbo esteja no singular).