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zumbiríeis

zumba | interj.

Voz imitativa de pancada ou queda....


zupa | interj.

Voz imitativa do som produzido por marrada ou pancada....


runrum | n. m.

Som semelhante ao ruído das moscas e de outros insectos....


zambi | n. m.

Chefe de um quilombo....


zombie | n. 2 g.

Cadáver que se crê ter voltado à vida por meios mágicos....


zumbi | n. m.

Indivíduo morto cujo cadáver se crê ter sido reanimado....


Especialidade médica que conjuga a otorrinolaringologia e a neurologia para o estudo do labirinto auditivo, das suas ligações com o cérebro e das perturbações associadas, nomeadamente vertigens, zumbidos, problemas de equilíbrio, etc....


acuofénio | n. m.

Zumbido ou outra sensação auditiva que não tem origem num som produzido no exterior....


muzururo | n. m.

Indivíduo de uma das tribos cafreais moçambicanas de Tete e Zumbo....


quinismo | n. m.

Intoxicação causada pelo abuso da quinina que provoca, entre outros, zumbido nos ouvidos....


zoada | n. f.

Acto ou efeito de zoar....


zoeira | n. f. | n. 2 g.

Ruído confuso ou constante (ex.: saí do concerto com uma zoeira na cabeça)....


zomba | n. f.

Usado na locução zomba zombando, por zombaria....


zuído | n. m.

Zumbido; sussurro nos ouvidos....


zuidouro | n. m.

Zumbido prolongado....


zumbido | n. m.

Acto ou efeito de zumbir....


zumbo | n. m.

Ruído confuso, rumor....


zunido | n. m.

Acto ou efeito de zunir....



Dúvidas linguísticas



Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).




Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.


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