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sobeja

nímio | adj.

Que existe em demasia....


sobreposse | adv.

Mais do que se pode; por demais; além do possível; de sobejo; excessivamente; nimiamente....


Em grau elevado (ex.: isto é sobejamente conhecido)....


sobejante | adj. 2 g.

Que sobeja; que sobra (ex.: o valor sobejante será devolvido)....


Diz-se do verso grego ou latino a que não faltam nem sobejam sílabas....


arrasadura | n. f.

Porção que sobeja da medida, depois de rasa....


remanescente | adj. 2 g. | n. m.

Aquilo que sobeja ou resta....


sobejidão | n. f.

Qualidade do que é sobejo....


sobejo | adj. | n. m. | adv.

Que sobra ou excede....


sobra | n. f.

Excessivamente; sobejamente....


socairo | n. m.

Cabo que sobeja em certas manobras náuticas....


volte | n. m.

Jogo no voltarete que consiste em voltar a primeira carta que fica no resto, carta que há-de ser o trunfo, e à vista da qual o que faz o volte se descarta, deixando as cartas que sobejam para os seus dois parceiros....


créscimo | n. m.

A parte excedente; aquilo que sobeja....




Dúvidas linguísticas



Agradeço, se possível, que me esclareçam sobre o significado e origem da palavra "sôbolos", agora tão em voga pelo lançamento da última obra do escritor Lobo Antunes e tão conhecida na expressão primeira de Camões.
A palavra sôbolos corresponde à flexão do masculino plural de sôbolo. Esta é uma forma do português antigo, contracção da preposição sobre com artigo definido antigo lo e pode ter as flexões sôbola, sôbolos, sôbolas, equivalentes, respectivamente, a sobre a, sobre os, sobre as.

É de referir que a recente obra de António Lobo Antunes (Sôbolos Rios Que Vão) retoma o primeiro verso de uma redondilha de Camões que, em algumas edições com actualização gráfica, é por vezes transcrito "Sobre os rios que vão".




Como se escreve? Eu não consigo deitar-me cedo. Eu não consigo me deitar cedo. Não consigo perceber se o não está associado ao primeiro ou segundo verbo, pois nos verbos reflexos na negativa os pronomes vêm antes do verbo.
O verbo conseguir, à semelhança de outros verbos como desejar, querer ou tentar, tem algumas propriedades análogas às de um verbo auxiliar mais típico (como o verbo ir, por exemplo). Nestes casos, este verbo forma com o verbo principal uma locução verbal, podendo o clítico estar antes do verbo auxiliar (ex.: eu não me vou deitar cedo; eu não me consigo deitar cedo) ou depois do verbo principal (ex.: eu não vou deitar-me cedo; eu não consigo deitar-me cedo). Isto acontece porque o verbo considerado auxiliar ou semiauxiliar pode formar com o verbo que o sucede uma locução verbal coesa, como se fosse um só verbo (e, nesse caso, o clítico é atraído pela partícula de negação não e desloca-se para antes da locução verbal) ou, por outro lado, o verbo conseguir pode manter algumas características de verbo pleno (e, nesse caso, o clítico me pode manter-se ligado ao verbo principal deitar, de que depende semanticamente). Nenhuma das duas construções pode ser considerada incorrecta, apesar de a segunda ser frequentemente considerada preferencial.

Nesta frase, o marcador de negação (o advérbio não) está claramente a negar o verbo conseguir e é semanticamente equivalente a "eu deito-me tarde, porque não sou capaz de me deitar cedo". Se estivesse a negar o verbo deitar-se (eu consigo não me deitar cedo), teria um valor semântico diferente, equivalente a "eu sou capaz de me deitar tarde", devendo nesse caso o clítico estar colocado antes do verbo deitar.


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