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retrocederíamos

refluente | adj. 2 g.

Que reflui, que volta para o seu ponto de origem....


caminho | n. m.

Nome genérico de todas as faixas de terreno que conduzem de um a outro lugar....


retrocedente | adj. 2 g. | n. 2 g.

Que retrocede, que volta para trás....


retrógrado | adj. | n. m.

Que retrograda; que anda para trás; que recua; que retrocede de vez....


recorrente | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g. | adj. 2 g. n. m.

Que recorre....


acuar | v. intr. e pron.

Agachar (o animal) a parte posterior para se defender ou para preparar o salto....


afluir | v. tr. e intr.

Correr ou dirigir-se em determinada direcção ou ponto (ex.: três rios afluem ali)....


ciar | v. intr.

Remar para fazer recuar ou dar volta a uma embarcação....


desadaptar | v. tr. e pron.

Retirar ou perder a capacidade de adaptação ou retroceder numa adaptação já feita (ex.: a passividade desadaptou-o; essa legislação já se desadaptou da realidade tecnológica)....


desandar | v. tr. | v. intr.

Desfazer (voltando ou fazendo voltar para trás)....


estacionar | v. tr. e intr. | v. intr.

Parar num determinado lugar ou posição durante algum tempo (ex.: estacionar o carro; procurava lugar para estacionar)....


recuar | v. intr. | v. tr.

Andar para trás....


refluir | v. intr. | v. tr. e intr.

Movimentar-se (a água), de volta para o lugar donde veio....


refugir | v. intr. | v. tr.

Tornar a fugir, retroceder....


regredir | v. intr.

Diminuir em número, força ou intensidade (ex.: a sua doença já regrediu)....


retroceder | v. intr. | v. tr. e intr.

Andar para trás....



Dúvidas linguísticas



Tenho sempre uma dúvida: utiliza-se crase antes de pronomes demonstrativos como esse, essa, esta, este?
A crase é a contracção de duas vogais iguais, sendo à (contracção da preposição a com o artigo definido a) a crase mais frequente. Para que se justifique esta crase é necessário que haja um contexto em que estejam presentes a preposição a e o artigo a (ex.: A [artigo] menina estava em casa; Entregou uma carta a [preposição] uma menina; Entregou uma carta à [preposição + artigo] menina). Ora, os pronomes demonstrativos não coocorrem com preposições (ex.: Esta menina estava em casa; *A [artigo] esta menina estava em casa; Entregou a carta a [preposição] esta menina; *Entregou a carta à [preposição + artigo] esta menina; o asterisco indica agramaticalidade), pelo que não poderá haver crase antes de artigos demonstrativos, mas apenas a ocorrência da preposição, quando o contexto o justifique.

Além do que foi dito acima, é de referir que pode haver crase com um artigo demonstrativo começado por a- (ex.: Não prestou atenção àquilo [preposição a + pronome demonstrativo aquilo]), mas trata-se da contracção da preposição a com a primeira vogal do pronome demonstrativo (ex.: àquele, àqueloutro, àquilo).




Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.


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