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potente

desportivo | adj.

Diz-se de automóvel potente e com linhas muito aerodinâmicas, geralmente de duas portas....


potente | adj. 2 g.

Que tem potência ou poderio; poderoso....


idempotente | adj. 2 g.

Que tem a propriedade de poder ser aplicado mais do que uma vez sem que o resultado se altere (ex.: matriz idempotente, operação idempotente)....


totipotente | adj. 2 g.

Diz-se da célula que se consegue dividir e produzir todas as células diferenciadas de um organismo....


gama | n. m. | n. m. 2 núm. | n. f.

Radiação emitida pelos corpos radioactivos, análoga aos raios X, mas muito mais penetrante e de menor comprimento de onda, com uma acção fisiológica potente....


chuto | n. m.

Pontapé ou impulso forte com o pé na bola (ex.: concluiu a jogada com um chuto potente, sem hipóteses para o guarda-redes)....


esporte | n. m. | adj. 2 g. 2 núm.

Diz-se de automóvel potente e com linhas muito aerodinâmicas, geralmente de duas portas....


mototractor | n. m.

Veículo de duas rodas que possui um motor potente, cujas rodas aderem fortemente ao terreno e que pode servir para arrastar ou acoplar charruas, instrumentos agrícolas ou reboques....


forte | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g. | n. m. | adv.

Que tem grande concentração de algo ou princípio activo mais potente (ex.: café forte; dose mais forte)....


fraco | adj. | adj. n. m. | n. m.

Que tem pouca concentração de algo ou princípio activo menos potente (ex.: café fraco; dose fraca)....


ifrita | n. f.

Ave passeriforme insectívora (Ifrita kowaldi) da família dos ifritídeos, endémica da Nova Guiné, de plumagem parda e amarelada, com o alto da cabeça azul e negro, que segrega para a pele e para as penas uma toxina potente para se defender de predadores....


pitoui | n. m.

Designação dada a várias aves passeriformes da família dos oriolídeos, do género Pitohui, endémica da Nova Guiné, de plumagem colorida, que segrega para a pele e para as penas uma toxina potente para se defender de predadores....


tractor | adj. n. m. | n. m.

Veículo automóvel pesado que possui um motor potente cujas rodas aderem fortemente ao terreno e serve para arrastar charruas, reboques, etc....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.


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