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paciente

Que é feito com material do corpo do próprio paciente (ex.: transplante autoplástico)....


longânime | adj. 2 g.

Que tem longanimidade; bondoso; corajoso; paciente; sofredor....


pregresso | adj.

Que é relativo ao historial médico do paciente (ex.: sífilis pregressa; tabagismo pregresso)....


resignado | adj.

Que se resignou ou a que se resignou....


sofrido | adj.

Resignado; paciente....


troncular | adj. 2 g.

Diz-se da anestesia que consiste em lançar o anestésico no tronco nervoso, ou num dos seus ramos, do paciente....


Que não responde ou não envolve resposta (ex.: estado irresponsivo; paciente irresponsivo)....


autólogo | adj.

Que é feito com material do corpo do próprio paciente (ex.: transfusão autóloga, transplante autólogo)....


eupneico | adj.

Que tem eupneia ou facilidade em respirar (ex.: o paciente continua eupneico)....


edêntulo | adj.

Que não tem dentes (ex.: paciente edêntulo; região edêntula)....


Palavras de Santo Agostinho, admirando a paciência imutável de Deus perante os crimes do mundo; diz-se também do papado....


Locução latina que se aplica para exprimir que um trabalho paciente vence os mais difíceis obstáculos; equivalente a "água mole em pedra dura tanto dá até que fura"....


Relativo a neutropenia ou à diminuição de neutrófilos no sangue (ex.: febre neutropénica; pacientes neutropénicos)....


Que apresenta bradicinesia ou lentidão anormal dos movimentos voluntários (ex.: comportamento motor bradicinético; paciente pouco colaborante e bradicinético)....


Do ponto de vista ocular (ex.: o paciente está afectado ocularmente)....


Que apresenta um volume normal de sangue no organismo (ex.: paciente euvolémico)....


algaliado | adj.

Que se algaliou (ex.: paciente algaliada)....


polipneico | adj.

Que apresenta polipneia ou respiração rápida e ofegante (ex.: o paciente está polipneico)....



Dúvidas linguísticas



Não será a palavra revivalismo portuguesa? Porque não existe no dicionário? Será um estrangeirismo? Mas quantos não foram já "absorvidos" por tão correntes no português escrito e falado?
A palavra revivalismo, apesar de não se encontrar na nomenclatura do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, encontra-se registada noutros dicionários de língua portuguesa como, por exemplo, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências de Lisboa/Verbo, Lisboa, 2001). Deriva da palavra inglesa revivalism e refere-se ao ressurgimento de ideias, modas ou tendências que fizeram parte do passado.



A descrição de "cigano" no Dicionário Priberam, entre outras coisas, diz que os ciganos são trapaceiros. Isto não devia ser revisto por ser preconceituoso?
Um dicionário deve ter palavras e sentidos que podem insultar ou ofender? Além de "cigano", palavras como "galego", "monhé", "judeu", "preto", "fufa" ou "paneleiro"?
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) não diz que os ciganos são trapaceiros; o que se apresenta é, entre outras acepções, um uso real, ainda que potencialmente ofensivo, da palavra cigano como sinónimo de trapaceiro, o que é substancialmente diferente.

A lexicografia actual assume que um dicionário deve seguir uma abordagem descritiva na selecção das palavras e na forma como as define, usando nomeadamente um conjunto de etiquetas ou sinais para assinalar níveis de língua (como linguagem informal ou calão) ou usos específicos (como expressões depreciativas ou insultuosas), não devendo o autor ou editor do dicionário impor a sua opinião sobre o uso da língua.

Por outras palavras, a função de um dicionário passa por uma descrição dos usos da língua, devendo basear-se essencialmente em factos linguísticos e não estabelecer juízos de valor relativamente a eles, antes apresentá-los o mais objectivamente possível. Em relação às definições da palavra cigano, o DPLP veicula o significado que ela apresenta na língua, mesmo que alguns dos seus significados possam revelar o preconceito ou a discriminação presentes no uso da língua.

A acepção que se considera preconceituosa tem curso actualmente em Portugal (como se pode verificar através de pesquisa em corpora e em motores de busca na internet), sendo usada em registos informais e com intenções pejorativas, estando registada, para além de no DPLP, nas principais obras lexicográficas de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências de Lisboa/Verbo, 2001) ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). O DPLP não pode omitir ou branquear determinados significados, independentemente das convicções de cada lexicógrafo ou utilizador do dicionário.

Como acontece com qualquer palavra, o uso desta acepção de cigano decorre da selecção feita por cada utilizador da língua, consoante o registo de língua e o conhecimento das situações de comunicação e dos códigos de conduta social. O preconceito não pode ser imputado ao dicionário, que se deve limitar a registar o uso (daí as indicações de registo pejorativo [Pejor.]). Este não é, na língua portuguesa ou em qualquer outra língua, um caso único, pois as línguas, enquanto sistemas de comunicação, veiculam também os preconceitos da cultura em que se inserem.

Esta reflexão também se aplica a outros exemplos, como o uso dos chamados palavrões, ou tabuísmos, cuja utilização em determinadas situações é considerada altamente reprovável, ou ainda de palavras que têm acepções depreciativas no que se refere a distinções sexuais, religiosas, étnicas, etc.

Ao alertar para termos e empregos preconceituosos, informais ou obscenos, muitas vezes desconhecidos dos falantes, seja porque pertencem a diferentes enquadramentos socioculturais, seja porque são falantes estrangeiros, os dicionários estão a alertar os consulentes para a possibilidade de usarem linguagem ofensiva ou de ferirem as susceptibilidades de outros falantes.


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