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mistérios

exotérico | adj.

Destinado a ser vulgarizado (falando principalmente das doutrinas dos antigos filósofos)....


o altitudo | loc.

Exclamação de São Paulo, falando da ciência e da sabedoria divinas; citam-se estas palavras a propósito de um mistério insondável....


Que mostra modos de dizer ou de fazer forçados ou pouco naturais; que mostra afectação....


abismo | n. m.

Grande profundidade que se supõe insondável e tenebrosa....


compreensor | n. m.

Pessoa que, gozando de visões beatíficas, compreende os mistérios....


mistério | n. m.

Culto secreto (no politeísmo)....


místico | adj. | n. m.

Em que há mistério ou razão incompreensível....


mistagogia | n. f.

Iniciação nos mistérios de uma religião....


penetrais | n. m. pl.

Parte mais retirada, mais recôndita e interior....


órfico | adj. | n. f. pl.

Diz-se dos dogmas, dos mistérios, dos princípios filosóficos atribuídos a Orfeu....


orgia | n. f.

Festa em honra de Baco....


ádito | n. m.

Lugar secreto ou reservado....


aura | n. f.

Vento brando e agradável....


bruma | n. f.

Nevoeiro espesso....


esfinge | n. f.

Monstro fabuloso com cabeça humana e corpo de leão....


runa | n. f.

Cada um dos caracteres dos mais antigos alfabetos germânicos e escandinavos....


brenha | n. f.

Matagal em terreno quebrado....


sombra | n. f.

Claridade atenuada pela interposição de um corpo entre ela e a fonte de luz....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a maior palavra da língua portuguesa.
As línguas vivas são capazes de produzir, sem limitações, palavras novas. Não é muito normal haver palavras excessivamente longas, mas elas também acontecem, principalmente com neologismos. Quando pertinente, essas palavras são registadas por dicionários e outras obras de referência que as atestam. Aparentemente (isto é falível), a maior palavra registada num dicionário de português é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, no Dicionário Houaiss. Este adjectivo é relativo a uma doença pulmonar chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. A produtividade da língua é demonstrada no facto de este adjectivo, como outros, poder potencialmente formar um advérbio de modo em -mente, cuja forma seria ainda maior do que aquela registada naquele dicionário: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente.



Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.


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