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melhore

Que se aperfeiçoou ou tornou mais perfeito....


cruzante | adj. 2 g.

Diz-se da raça que, pelo seu cruzamento com outra, a melhora....


Virgílio dizia haver tirado algumas pérolas do esterco de Énio, para se desculpar de lhe haver apanhado alguns dos seus melhores versos....


Muitas coisas em poucas palavras (ex.: os melhores escritores são os que sabem dizer multa paucis)....


Muitas coisas em poucas palavras (ex.: os melhores escritores são os que sabem dizer multum in parvo)....


medrado | adj.

Que se desenvolveu ou medrou....


ideia | n. f.

Representação que se forma no espírito....


prótese | n. f.

Figura que consiste em juntar uma letra ou uma sílaba no princípio de uma palavra (como em arruído por ruído)....


escrete | n. m.

Equipa formada por um grupo de atletas seleccionados por serem considerados os melhores ou os mais aptos (ex.: escrete canarinho)....


fisiatria | n. f.

Ramo da medicina que estuda a reabilitação ou o melhoramento de funções em pessoas com deficiências físicas ou doenças incapacitantes....


dope | n. m.

Substância ilegal ministrada a um atleta ou competidor para alterar o seu desempenho ou condição física....


optimacia | n. f.

Conjunto ou classe dos optimates....


optimate | n. m.

Aristocrata da Roma antiga....



Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



"Incindível" é uma palavra do português de Portugal?
Apesar de não estar incluído na nomenclatura do Dicionário da Língua Portuguesa On-Line, o adjectivo incindível encontra-se registado noutros dicionários de língua portuguesa, tendo também ocorrências em corpora e em motores de pesquisa da Internet. O registo lexicográfico do termo não é, porém, unânime quanto à sua definição.

Assim, o Dicionário Lello Prático Ilustrado (Porto, Lello Editores, 2004) regista os termos incindir ("que não se pode dividir, separar ou cortar" [sic]) e incindível ("que não se pode separar"), o que pressupõe uma formação por prefixação com aposição do prefixo de negação in- ao verbo cindir (incindir será assim antónimo de cindir, que significa "separar") e ao adjectivo cindível (incindível será assim antónimo de cindível, que significa "separável"). Este uso do adjectivo incindível é corroborado por pesquisas em corpora e em motores de busca da Internet, sobretudo na área do direito (ex.: conjunto incindível, relações incindíveis), tanto em páginas portuguesas como em páginas brasileiras.

Por outro lado, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) diz exactamente o contrário, registando o verbo incindir como sinónimo de cindir e o adjectivo incindível como sinónimo de cindível, o que pressupõe uma formação por prefixação com aposição do prefixo de “interioridade” ou de “movimento para dentro” in- ao verbo cindir e ao adjectivo cindível, formação em tudo análoga à que sucede com infiltrar e infiltrável, que não são antónimos de filtrar e de filtrável, respectivamente. As definições de incindir e incindível presentes no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa são também as únicas apresentadas pelo Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (3.ª ed., Curitiba, Positivo, 2004), apenas com indicação em incindir de se tratar de termo com origem no latim tardio inscindere (de in- + scindere “rachar, fender”).

Já o Grande Dicionário Língua Portuguesa (1ª ed., Porto, Porto Editora, 2004) regista incindir com o significado “efectuar incisão em; separar” mas incindível com o significado contrário “que não se pode cindir ou separar; inerente”; o mais correcto nestes casos teria sido o registo de duas entradas homónimas incindível, uma com o significado “que não se pode cindir” e outra com o sentido “que é passível de incindir”.

Pelo que acima foi dito, o adjectivo incindível encontra-se bem formado, mas tanto pode significar "que não se pode separar" e ser antónimo de cindível, uso aliás maioritário nas pesquisas efectuadas, como pode ser sinónimo de cindível e significar "que se pode separar", significado apenas atestado nos dicionários brasileiros referidos.


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