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matutado

matutice | n. f.

Qualidade, modos de matuto....


tuta-e-meia | n. f.

Pouco valor, preço baixo ou pouco dinheiro (ex.: pagou uma tuta-e-meia pelo carro; ficaram com a casa por tuta-e-meia)....


caiçara | n. f. | n. m. | n. 2 g.

Cerca de protecção à volta de uma aldeia indígena....


tapiocano | n. m.

Caipira, tabaréu, matuto....


saquarema | n. m.

Designação antiga de sectário do partido conservador, na época do Império, no Brasil....


jeca | adj. n. m.

Caipira, matuto....


Pouco valor, preço baixo ou pouco dinheiro....


amatutar | v. pron.

Fazer-se matuto....


aparafusar | v. tr. e intr.

Segurar com parafusos....


minhocar | v. tr. e intr.

Pensar muito sobre algo....


trabalhar | v. tr. | v. tr. e intr. | v. intr.

Dar determinada forma a (ex.: trabalhar a madeira)....


pioca | n. f. | n. 2 g.

Cova ou cavidade (ex.: a cascata tem várias piocas onde podemos tomar banho)....


maratimba | n. 2 g.

Pessoa que vive fora das grandes cidades e tem modos considerados rústicos, simples, grosseiros ou incultos....


caipira | adj. 2 g. n. 2 g. | adj. 2 g. | n. 2 g.

Que ou quem mora no campo, na roça....


matuto | adj. | adj. n. m.

Que é relativo ao mato....


casaca | n. f. | n. m. | adj. 2 g. n. 2 g.

Peça de roupa masculina, composta por um casaco com duas abas compridas atrás, usada como traje de cerimónia....


magicar | v. intr. | v. tr.

Divagar com o pensamento....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se "frigidíssimo" é superlativo absoluto sintético de "frio".
Os adjectivos frio e frígido têm em comum o superlativo absoluto sintético frigidíssimo, pois provêm ambos do étimo latino frigidus.



Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.


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