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mascarráreis

farrusco | adj.

Que está sujo de carvão, de fuligem ou de outra substância escura (ex.: cara farrusca)....


furrete | n. m.

Mancha de sujidade....


fusca | n. f.

Espécie de pato selvagem de peito, asas e lombo escuros; mascarra; labéu....


mascarra | n. f.

Mancha (na pele) feita com tinta, carvão, etc....


farrusca | n. f.

Mancha de carvão ou de outra substância escura....


sarranho | n. m.

Vestígio que deixa uma substância que suja, geralmente escura (ex.: tem a cara enfarruscada com sarranho)....


Que encarvoa, que suja com carvão; que mascarra....


encarvoar | v. tr. | v. pron.

Converter em carvão....


enfarruscar | v. tr. e pron. | v. pron.

Sujar com farruscas; mascarrar....


enfelujar | v. tr.

Sujar com felugem; mascarrar; tisnar....


mascarrar | v. tr.

Pôr mascarras ou manchas em....


mascarar | v. tr. e pron. | v. tr.

Pôr máscara em alguém ou em si próprio....


sorrascar | v. tr.

Varrer o forno com sorrascador....


Ave passeriforme (Arremon crassirostris) da família dos passerelídeos....


mascarado | adj. n. m. | adj.

Que ou quem tem uma máscara ou um disfarce....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é o adjectivo de pedra.
Poderá utilizar como adjectivo relativo a pedra ou com características de pedra a palavra pétreo ou, menos usadas, as palavras petroso ou sáxeo.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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