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lacava

lacado | adj.

Recoberto de laca....


lacada | n. f.

Pancada ou queda da roda do carro em lugar fundo da estrada....


laçada | n. f.

Laço fácil de desatar; nó corredio....


laque | n. m.

Cem mil (ex.: um laque de rupias)....


leque | n. m.

Objecto semicircular, feito de material leve, para ser agitado e produzir uma corrente de ar, que se fecha pela sobreposição das varetas ou de lâminas móveis....


lacagem | n. f.

Acto ou efeito de lacar....


charão | n. m.

Verniz de laca da China e do Japão....


fitolaca | n. f.

Género de plantas dicotiledóneas usadas em tinturaria....


laquê | n. m.

Cosmético usado para vaporizar os cabelos e fixar o penteado (ex.: cabelo fixado com laquê). [Equivalente no português de Portugal: laca.]...


lacar | v. tr.

Cobrir de laca....


laquear | v. tr.

Cobrir com laca....


acharoado | adj.

Recoberto de charão ou laca (ex.: contador acharoado)....


lácico | adj.

Diz-se de um ácido extraído da laca....


inro | n. m.

Pequeno recipiente ornamental, geralmente lacado e com vários compartimentos, usado suspenso no quimono....


atomizador | n. m.

Aparelho que serve para a pulverização molecular de líquidos....


goma-laca | n. f.

Substância resinosa produzida por uma espécie de cochonilha que vive na Índia e utilizada no fabrico de vernizes....


laqueador | n. m.

Pessoa que tem como actividade laquear ou envernizar peças....



Dúvidas linguísticas



Seríssimo ou seriíssimo?
Ambas as formas seríssimo e seriíssimo podem ser consideradas correctas como superlativo absoluto sintético do adjectivo sério.

O superlativo absoluto sintético simples, isto é, o grau do adjectivo que exprime, através de uma só palavra, o elevado grau de determinado atributo, forma-se pela junção do sufixo -íssimo ao adjectivo (ex.: altíssimo).

No caso de grande número de adjectivos terminados em -eio e em -io, a forma gerada apresenta geralmente dois ii, um pertencente ao adjectivo, o outro ao sufixo (ex.: cheiíssimo, feiíssimo, maciíssimo, vadiíssimo).

Há alguns adjectivos, porém, como sério, que podem gerar duas formas de superlativo absoluto sintético: seriíssimo ou seríssimo. No entanto, como é referido por Celso Cunha e Lindley Cintra na sua Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 260), parece haver uma maior aceitação das formas com apenas um i: “Em lugar das formas superlativas seriíssimo, necessariíssimo e outras semelhantes, a língua actual prefere seríssimo, necessaríssimo, com um só i”. O mesmo sucede com necessário, ordinário, precário ou sumário, por exemplo.




Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.


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