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fiambre

fiambreira | n. f.

Máquina destinada a cortar fiambre ou carnes semelhantes....


croissant | n. m.

Pequeno pão de massa doce, folhada ou normal, que pode ser recheado de creme doce ou comido com queijo, fiambre, etc....


apresuntado | adj. | n. m.

Carne de porco preparada para ser comida fria, à semelhança do presunto ou do fiambre....


fiambre | n. m.

Carne de porco, geralmente presunto cozido, preparada para se comer fria (ex.: fiambre da pá, fiambre da perna)....


friambreiro | n. m.

Caixa própria para guardar fiambre....


presunto | n. m.

Perna ou espádua posterior do porco, depois de salgada e curada....


francesinha | n. f.

Sandes feita de carnes variadas (fiambre, linguiça, salsicha fresca, etc.) entre fatias de pão de forma, queijo no topo e molho especial, gratinada no forno....


fiambreiro | n. m.

Recipiente próprio para guardar fiambre ou carnes semelhantes....


charcuteiro | n. m.

Pessoa que prepara ou vende carnes curadas, como bacon, fiambre, enchidos ou outros produtos de charcutaria....


friame | n. m.

O mesmo que fiambre....


croassã | n. m.

Pequeno pão de massa doce, folhada ou normal, que pode ser recheado de creme doce ou comido com queijo, fiambre, etc....


afiambrado | adj. | n. m.

Que se assemelha a ou foi preparado como fiambre ou presunto....


afiambrar | v. tr. | v. pron.

Preparar carne à maneira de fiambre....


merenda | n. f.

Pastel de massa folhada, geralmente recheado com queijo e fiambre....


misto | adj. | n. m.

Que tem recheio de queijo e fiambre ou presunto (ex.: sandes mista; tosta mista)....


ovo | n. m.

Ovo estrelado, geralmente com a gema um pouco líquida, acompanhado de presunto, fiambre ou chouriço e batatas fritas....


cordon-bleu | n. 2 g. | n. m.

Bife de vaca com fiambre e queijo, depois panado e frito....


misto-quente | n. m.

Sanduíche, de queijo e fiambre, torrada ou grelhada e geralmente prensada. (Equivalente no português de Portugal: tosta-mista.)...


tosta-mista | n. f.

Sanduíche, de queijo e fiambre, torrada ou grelhada e geralmente prensada. (Equivalente no português do Brasil: misto-quente.)...



Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




A minha dúvida é relativa ao novo Acordo Ortográfico: gostava que me esclarecessem porque é que "lusodescendente" escreve-se sem hífen e "luso-brasileiro", "luso-americano" escreve-se com hífen. É que é um pouco difícil de se compreender, e já me informei com algumas pessoas que não me souberam dizer o porquê de ser assim. Espero uma resposta de vossa parte com a maior brevidade possível.
Não há no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 uma diferença clara entre as palavras que devem seguir o disposto na Base XV e o disposto na Base XVI. Em casos como euroafricano/euro-africano, indoeuropeu/indo-europeu ou lusobrasileiro/luso-brasileiro (e em outros análogos), poderá argumentar-se que se trata de "palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido" (Base XV) para justificar o uso do hífen. Por outro lado, poderá argumentar-se que não se justifica o uso do hífen uma vez que se trata de "formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e de formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.)" (Base XVI).

Nestes casos, e porque afro-asiático, afro-luso-brasileiro e luso-brasileiro surgem no texto legal como exemplos da Base XV, a Priberam aplicou a Base XV, considerando que "constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido". Trata-se de uma estrutura morfológica de coordenação, que estabelece uma relação de equivalência entre dois elementos (ex.: luso-brasileiro = lusitano e brasileiro; sino-japonês = chinês e japonês).

São, no entanto, excepção os casos em que o primeiro elemento não é uma unidade sintagmática e semântica e se liga a outro elemento análogo, não podendo tratar-se de justaposição (ex.: lusófono), ou quando o primeiro elemento parece modificar o valor semântico do segundo elemento, numa estrutura morfológica de subordinação ou de modificação, que equivale a uma hierarquização dos elementos (ex.:  eurodeputado = deputado [que pertence ao parlamento europeu]; lusodescendente = descendente [que provém de lusitanos]).

É necessário referir ainda que o uso ou não do hífen nestes casos não é uma questão nova na língua portuguesa e já se colocava antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Em diversos dicionários e vocabulários anteriores à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 já havia práticas ortográficas que distinguiam, tanto em Portugal como no Brasil, o uso do hífen entre euro-africano (sistematicamente com hífen) e eurodeputado (sistematicamente sem hífen).


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