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farpa

galhardete | n. m.

Bandeira farpada no alto dos mastros, para adorno ou sinal....


quarteio | n. m.

Quarto de volta dada pelo toureiro, para não ser colhido, quando mete as farpas no boi....


cilício | n. m.

Cinto, corrente ou cordão com pontas ou farpas que os penitentes usam sobre a pele como forma de mortificação....


flecha | n. f.

Haste com ponta farpada que se dispara por meio de arco ou besta....


farpada | n. f.

Ferimento feito com farpa....


farpoada | n. f.

Ferimento feito com farpão; farpada....


felpa | n. f.

Pêlo saliente nos estofos....


ferpa | n. m.

Pequena lasca de madeira....


concertina | n. f.

Espiral de arame farpado (ex.: cerca com concertina dupla)....


garrocha | n. f.

Haste de pau que tinha na extremidade um ferro farpado com que se toureava antes do uso da bandarilha....


enfeitar | v. tr. e pron. | v. tr.

Meter farpas no touro....


esfarpar | v. tr.

Rasgar em farpões ou farpas....


farpar | v. tr.

Pôr farpas em....


farpear | v. tr. | v. tr. e intr.

Meter farpas em; ferir com farpas....


picar | v. tr. e pron. | v. tr. | v. tr. e intr. | v. intr. | v. pron.

Pôr bandarilhas ou farpas em....


espinho | n. m.

Toda a saliência aguda e picante que nasce do lenho, resultante da modificação de um ramo, de um pecíolo, de uma raiz, e que reveste certas plantas (ex.: árvore de espinhos)....


farpado | adj.

Em forma de farpa....



Dúvidas linguísticas



Qual destas frases está correcta: «Ele assegurou-me que viria» ou «Ele assegurou-me de que viria»? Li que o verbo "assegurar" é regido pela preposição "de" quando é conjugado pronominalmente; no entanto, só me soa bem dessa forma quando ele é conjugado reflexivamente, como em "Eles asseguraram-se de que não eram seguidos". Afinal, como é que é? Obrigada.
Os dicionários que registam as regências verbais, como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa ou o Dicionário sintáctico de verbos portugueses, estipulam que o verbo assegurar é regido pela preposição de apenas quando usado como pronominal (ex.: quando saiu de casa assegurou-se de que as janelas estavam fechadas). Para além do uso pronominal, o verbo assegurar pode ainda ser transitivo directo ou bitransitivo, isto é, seleccionar complementos não regidos por preposição (ex.: os testes assegurariam que o programa iria funcionar sem problemas; o filho assegurou-lhe que iria estudar muito).

Este uso preposicionado do verbo assegurar na acepção pronominal nem sempre é respeitado, havendo uma tendência generalizada para a omissão da preposição (ex.: quando saiu de casa assegurou-se que as janelas estavam fechadas). O fenómeno de elisão da preposição de como iniciadora de complementos com frases finitas não se cinge ao verbo assegurar, acontecendo também com outros verbos, como por exemplo aperceber (ex.: não se apercebeu [de] que estava a chover antes de sair de casa) ou esquecer (ex.: esquecera-se [de] que havia greve dos transportes públicos).




Em "Ninguém te vai agradecer", qual a função sintáctica de te? Será complemento indirecto?
O pronome pessoal te pode desempenhar função de complemento directo (ex.: vi-te ontem) ou de complemento indirecto (ex.: dei-te um beijo). No caso em apreço, o pronome te desempenha a função de complemento indirecto, uma vez que corresponde à pronominalização de uma construção do verbo agradecer como transitivo indirecto, com a preposição a (agradecer-te = agradecer a ti), podendo ocorrer com um complemento directo (ex.: ninguém te vai agradecer o favor = ninguém to vai agradecer).
Para determinar a função sintáctica deste pronome, é útil substituir a segunda pessoa gramatical (tu > te) pela terceira (ele > o/lhe), pois neste caso o complemento directo e o complemento indirecto têm formas diferentes, o para o complemento directo, lhe para o complemento indirecto (ex.: ninguém vai agradecer o favor ao rapaz > ninguém lhe vai agradecer o favor / *ninguém o vai agradecer o favor; o asterisco indica agramaticalidade).

Para dúvidas deste teor, poderá consultar uma obra como o Dicionário Gramatical de Verbos Portugueses, dirigido por João Malaca CASTELEIRO (Lisboa: Texto Editores, 2007), que contém a explicitação das funções sintácticas de cada verbo.


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