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eira

-eira | suf.

Indica recipiente ou depósito (ex.: aneleira; bosteira)....


garavanço | n. m.

Forquilha para limpar os cereais na eira....


trilha | n. f.

Debulha de cereais na eira....


trilhoada | n. f.

Parelha de bestas com que se debulham cereais na eira....


voagem | n. f.

Alimpadura dos cereais; debulha dos cereais nas eiras....


zanga | n. f.

Peça de madeira, em forma de cruz, com que nas eiras acamam as paveias dos cereais....


xerga | n. f.

Manta grosseira em que se transporta a palha trilhada das eiras....


angana | n. f.

Eira ou pátio à frente de casa....


trilho | n. m.

Estrado ou cilindro de madeira com dentes de ferro, geralmente puxado por gado, com que se debulham os cereais na eira....


canamão | n. m.

Pau a que se apoiam as pessoas que andam a trilhar cereais (na eira)....


canzurrada | n. f.

Porção de paveias de trigo ou centeio que se estende na eira para debulhar....


eirada | n. f.

Porção de cereais que se malha ou trilha de uma vez na eira....


sapeira | n. f.

Desmoronamento de sapa, de mina ou de galeria subterrânea....


baleio | n. m.

Escovalho com que se limpa o grão nas eiras....


gruim | n. m.

Varreduras de cereais, nas eiras, para os porcos....


liteiro | n. m.

Condutor de liteira....




Dúvidas linguísticas



A frase Oh mãe, venha cá depressa! está incorrecta?
Como poderá constatar no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a interjeição oh é usada para exprimir alegria, espanto, dor, repugnância ou para reforçar outro tipo de sentimento, pelo que, na frase que refere, o uso dessa interjeição não é adequado. Nestes casos, deverá ser usado o determinante apelativo ó, que antecede geralmente substantivos, pronomes pessoais ou possessivos e funciona com valor de vocativo, pois introduz interpelações ou chamamentos. Assim, a frase correcta será: Ó mãe, venha cá depressa!



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.

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