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efectiváreis

oponível | adj. 2 g.

Que se pode opor (ex.: dedo oponível)....


Diz-se em linguagem diplomática do facto que pode tornar efectiva a aliança ou o tratado cuja execução dependia dessa cláusula....


barragem | n. f.

Obstáculo praticado numa corrente de água....


casamento | n. m.

Acto ou efeito de casar....


fofoca | n. f.

Acto de querer saber para ir contar a outrem....


eficácia | n. f.

Força latente que têm as substâncias para produzir determinados efeitos....


real | adj. 2 g. | n. m.

Que existe de facto....


pré-reserva | n. f.

Reserva prévia, antes de ser feita a reserva efectiva....


fofoquice | n. f.

Facto ou coisa contada em segredo, sem conhecimento do(s) visado(s) ou sem conhecimento real ou efectivo....


mexerico | n. m.

Acto de querer saber para ir contar a outrem....


Acto ou efeito de efectivar ou de se efectivar....


numerário | adj. | n. m.

Relativo a dinheiro....


Condição ou requisito que deve existir antes da realização ou da efectivação de algo....


efectivo | adj. | adj. n. m. | n. m.

Que existe; que se realiza....


honorário | adj. | n. m. pl.

Que resulta de uma distinção ou de uma homenagem (ex.: cidadão honorário; professora honorária; título honorário)....



Dúvidas linguísticas



Ao utilizar a locução "bem como" num período longo, a vírgula virá antes ou depois da locução? Ela dá a idéia de uma pausa sonora no período?
De acordo com a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, e com a Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara, a vírgula usa-se, entre muitas outras situações, para separar orações coordenadas, como as que são introduzidas pela locução conjuntiva bem como (ex.: comprou uma saia e um casaco, bem como uns sapatos para o casamento), empregando-se antes da conjunção ou da locução conjuntiva no caso de estas apenas poderem ser usadas no início da oração, como acontece com a locução bem como.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


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