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duvide

Frase de Cícero que encerra em si o germe da teoria de Descartes sobre a dúvida; esta conduz-nos à verdade, ensinando-nos a não aceitar qualquer proposição ou doutrina senão depois de cientificamente demonstrada....


incerteza | n. f.

Falta de certeza; dúvida....


Qualidade do que é inaceitável (ex.: ninguém duvidou da inaceitabilidade da proposta)....


cepticismo | n. m.

Doutrina dos que afirmam que o ser humano não pode atingir a verdade absoluta....


Que envolve delonga ou adiamento (ex.: processo cunctatório)....


duvidador | adj. n. m.

Que ou aquele que duvida....


duvidante | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem duvida ou tem dúvidas (ex.: distingue os crentes duvidantes dos crentes convictos; questões de um duvidante)....


pirrónico | adj. | adj. n. m.

Pertencente ou relativo a Pírron de Élis (cerca de 360 a.C.-cerca de 270 a.C.), filósofo grego, ou à sua escola (ex.: cepticismo pirrónico)....


apostar | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Fazer aposta de....


duvidar | v. tr. | v. intr.

Ter (alguma coisa) em dúvida....


pirronismo | n. m.

Doutrina filosófica que tinha por base a dúvida em absoluto....


dúvida | n. f.

Falta de convencimento....


hesitar | v. intr.

Ter falta de decisão....


duvidável | adj. 2 g.

De que se pode duvidar....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se, se eu escrever como escrevia anteriormente (com a ortografia anterior ao Acordo Ortográfico), está ortograficamente errado ou também é aceite? Exemplo: "correcto" ou "correto"? Qual deles está oficialmente? Ou estarão os dois?
Quando o novo Acordo Ortográfico estiver em vigor em Portugal, apenas a forma "correto" será considerada ortograficamente certa, correspondendo a forma "correcto" a uma grafia anterior à vigência do acordo, uma vez que este preconiza que não sejam escritas as consoantes que não são proferidas na chamada norma culta (base IV, 1.º, alínea b).
O utilizador da língua pode optar por utilizar a nova ortografia ou não, uma vez que não pratica qualquer ilícito contravencional, isto é, manter a ortografia anterior ao novo Acordo Ortográfico não tem qualquer consequência legal, mesmo após o período de transição de 6 anos previsto legalmente (em Portugal). No entanto, quando houver uma generalização da nova ortografia, nomeadamente na comunicação social e em contexto escolar, pode ser importante e útil a aprendizagem dessa nova ortografia por motivos sociais e profissionais. A partir de determinada altura, a noção de erro ortográfico vai abranger formas que actualmente são práticas correntes, da mesma forma que actualmente são considerados erros ortográficos práticas ortográficas alteradas pelo Acordo de 1945 (como diccionário ou sciência), ou pela alteração de 1973 (como pràticamente ou sòzinho).




"de que" ou apenas "que"? E.g.: "foram avisados que" ou "foram avisados de que"?
Nenhuma das formulações apresentadas pode ser considerada errada, apesar de a expressão "foram avisados de que" ser mais consensual do que a expressão em que se omite a preposição.

Para uma análise desta questão, devemos referir que os exemplos dados estão na voz passiva, mas a estrutura sintáctica do verbo é a mesma do verbo na voz activa, onde, no entanto, é mais fácil observar a estrutura argumental do verbo:

Eles foram avisados do perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os do perigo. (voz ACTIVA)
Eles foram avisados de que podia haver perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os de que podia haver perigo. (voz ACTIVA)

Trata-se de um verbo bitransitivo, que selecciona um complemento directo ("os", que na voz passiva corresponde ao sujeito "Eles") e um complemento preposicional, neste caso introduzido pela preposição "de" ("do perigo" ou "de que podia haver perigo"). Nas frases em que o complemento preposicional contém uma frase completiva introduzida pela conjunção "que" (ex.: "avisou-os de que" ou "foram avisados de que"), é frequente haver a omissão da preposição "de" (ex.: "avisou-os que" ou "foram avisados que"), mas este facto, apesar de ser muito frequente, é por vezes condenado por alguns puristas da língua.


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