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ditongais

sinizese | n. f.

Pronúncia de duas vogais distintas num só tempo prosódico, sem formar ditongo....


hiato | n. m.

Encontro de duas vogais que não formam ditongo (ex.: em raiz e em o ulmeiro há exemplos de hiato)....


semiditongo | n. m.

Ditongo composto por uma semivogal seguida de uma vogal (como ua em quatro ou ia em ária), que pode por vezes pronunciar-se como hiato....


africata | n. m.

Ditongo consonântico, cujo principal elemento é uma explosiva e o segundo uma fricativa do mesmo órgão....


diérese | n. f.

Separação dos tecidos orgânicos cuja contiguidade pode ser nociva....


y | n. m. | adj. 2 g. | símb.

Vigésima quinta letra do alfabeto português, quando incluídos o K, W e Y, e cujo emprego é lícito em vocábulos derivados de nomes estrangeiros (ex.: byroniano [do antropónimo Byron], taylorista [do antropónimo Taylor], em termos técnicos de uso internacional (ex.: henry) e em abreviaturas e símbolos (ex.: y, incógnita algébrica; Y, símbolo químico do ítrio [do latim científico ytrium]; yd, símbolo de jarda [do inglês yard])....


monotongar | v. tr. e pron.

Fundir ou fundirem-se os elementos de um ditongo numa só vogal simples....


o | art. def. m. sing. | pron. pess. | pron. dem.

Quando junto de um nome que determina....


trema | n. m.

Sinal ortográfico (¨) que se sobrepõe a certas vogais, usado em português em derivados de palavras estrangeiras (ex.: mülleriano). [Era usado nos grupos e , para indicar que a vogal -u- devia ser lida (ex.: lingüístico), mas esta utilização foi suprimida para o português europeu pelo Acordo Ortográfico de 1945 e para o português do Brasil pela aplicação do Acordo de 1990]....


núcleo | n. m.

Massa central do átomo formada de protões (positivos) e de neutrões (neutros)....


ditongar | v. tr.

Converter em ditongo....


Processo fonético que consiste na fusão dos elementos de um ditongo numa só vogal simples; acto ou efeito de monotongar....


ditongal | adj. 2 g.

Que forma ditongo....


semivogal | n. f.

Vogal de menor intensidade que faz parte de um ditongo, como i em maior....


ditongo | n. m.

Reunião de dois sons vocálicos numa só sílaba (ex.: ai, ão, ei, eu, iu, õe, oi, ui são exemplos de ditongos; ditongo nasal; ditongo oral)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é o plural de pneumotórax: pneumotóraxes ou pneumotóraces?
A palavra pneumotórax é considerada uma palavra de dois números ou invariável, isto é, o seu plural deverá ser igual ao singular.

Segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1998, p. 180), as palavras paroxítonas ou graves (palavras cujo acento de intensidade recai na penúltima sílaba) terminadas em -x (ex.: clímax, córtex, tórax) são invariáveis em número, seguindo a mesma regra das palavras paroxítonas terminadas em -s (ex.: lápis, oásis). Sendo assim, a sua forma mantém-se inalterada quer estejam no singular (ex.: córtex cerebral, um lápis, o pneumotórax) quer estejam no plural (ex.: córtex cerebrais, dois lápis, os pneumotórax).

Este não é, no entanto, um assunto consensual, havendo dicionários (nomeadamente brasileiros) que registam plural para palavras graves terminadas em -x. O Dicionário Houaiss, por exemplo, na sua edição portuguesa (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) regista córtex e pneumotórax como substantivos invariáveis, enquanto na edição brasileira (Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2001) regista os plurais córtices e pneumotóraces.

Adenda de 15-09-2010: Esta flutuação, principalmente em dicionários e vocabulários brasileiros, parece ser menor a partir da última edição do Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras (5.ª edição, 2009), uma vez que os dicionários brasileiros com edições posteriores registam grande parte destas palavras como substantivos invariáveis, seguindo a opção da Academia Brasileira de Letras (veja-se a edição do Dicionário Houaiss de 2009, por exemplo).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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