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burlam

befa | n. f.

Burla....


| n. f.

Espaço que se estende da popa até ao terço médio do navio....


Mixórdia feita aos líquidos de venda para lhes aumentar a quantidade....


borla | n. f.

Adorno pendente feito de fios de lã, seda, etc....


engano | n. m.

Acto ou efeito de enganar....


estafa | n. f.

Cansaço extremo....


marosca | n. f.

Acto de enganar alguém de forma fraudulenta....


bluff | n. m.

Engano propositado....


tapeação | n. f.

Acto ou efeito de enganar ou tapear (ex.: isso é tapeação para enganar o povo)....


tolina | n. f.

Logro ou burla que se faz a um tolo....


patota | n. f.

Trapaça no jogo....


intrujice | n. f.

Acto ou efeito de enganar, intrujar (ex.: o indivíduo vive de intrujices)....


logreiro | n. m. | adj.

Agiota; onzeneiro....


Mixórdia feita aos líquidos de venda para lhes aumentar a quantidade....


trapaça | n. f.

Contrato fraudulento....


tratantada | n. f.

Acto ou dito de tratante; velhacaria; burla....


trambique | n. m.

Engano com intenção de prejudicar ou de adquirir lucro....



Dúvidas linguísticas



o primeiro "e" de brejeiro é aberto ou fechado?
De acordo com os dicionários de língua portuguesa que registam a transcrição fonética das palavras, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, o primeiro e de brejeiro lê-se [ɛ], como o e aberto de vela ou neto.

No português de Portugal é comum a elevação e centralização das vogais átonas, como por exemplo a alteração da qualidade da vogal [ɛ] para [i] em pesca > pescar ou vela > veleiro, mas há palavras que mantêm inalterada a qualidade da vogal, sendo este o caso de brejeiro, que mantém a qualidade do e da palavra brejo.




Como se escreve? Eu não consigo deitar-me cedo. Eu não consigo me deitar cedo. Não consigo perceber se o não está associado ao primeiro ou segundo verbo, pois nos verbos reflexos na negativa os pronomes vêm antes do verbo.
O verbo conseguir, à semelhança de outros verbos como desejar, querer ou tentar, tem algumas propriedades análogas às de um verbo auxiliar mais típico (como o verbo ir, por exemplo). Nestes casos, este verbo forma com o verbo principal uma locução verbal, podendo o clítico estar antes do verbo auxiliar (ex.: eu não me vou deitar cedo; eu não me consigo deitar cedo) ou depois do verbo principal (ex.: eu não vou deitar-me cedo; eu não consigo deitar-me cedo). Isto acontece porque o verbo considerado auxiliar ou semiauxiliar pode formar com o verbo que o sucede uma locução verbal coesa, como se fosse um só verbo (e, nesse caso, o clítico é atraído pela partícula de negação não e desloca-se para antes da locução verbal) ou, por outro lado, o verbo conseguir pode manter algumas características de verbo pleno (e, nesse caso, o clítico me pode manter-se ligado ao verbo principal deitar, de que depende semanticamente). Nenhuma das duas construções pode ser considerada incorrecta, apesar de a segunda ser frequentemente considerada preferencial.

Nesta frase, o marcador de negação (o advérbio não) está claramente a negar o verbo conseguir e é semanticamente equivalente a "eu deito-me tarde, porque não sou capaz de me deitar cedo". Se estivesse a negar o verbo deitar-se (eu consigo não me deitar cedo), teria um valor semântico diferente, equivalente a "eu sou capaz de me deitar tarde", devendo nesse caso o clítico estar colocado antes do verbo deitar.


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