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borraremos

escorralhas | n. f. pl.

Conjunto das borras de líquido que ficam nas bordas ou no fundo das vasilhas....


escorredura | n. f.

Conjunto das borras de líquido que ficam no fundo das vasilhas....


borraça | n. f.

Chuva miúda e persistente....


borra-botas | n. m. 2 núm.

Engraxador pouco habilidoso ou que presta mau serviço....


borra | n. f.

Parte da seda do casulo que não é fiada....


borra | n. f.

Designação vulgar de duas espécies de aves da família dos muscicapídeos, encontrados na Europa, na Ásia e em África, com cerca de 15 centímetros de comprimento e de cor parda....


borraceiro | n. m. | adj.

Chuva miudinha e persistente....


borrada | n. f.

Grande quantidade de borra....


borrego | n. m.

Cordeiro de menos de ano....


borreiro | n. m.

Lugar onde se juntam borras....


borrelho | n. m.

Designação comum a diversas aves aquáticas da família dos caradriídeos....


borriço | n. m.

Chuva fina e persistente....


borro | n. m.

Carneiro de entre um a dois anos....


gravela | n. f.

Bagaço seco da uva....


balsa | n. f.

Tina grande onde a uva é pisada ou onde o mosto fica a fermentar....


cacaborrada | n. f.

Coisa mal executada; trabalho malfeito....



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Gostaria de saber qual a forma correcta: 1) deve realçar-se que o tema... ou 2) deve-se realçar que o tema...
Para resposta à dúvida colocada, por favor consulte outra dúvida respondida sobre o mesmo assunto em posição dos clíticos em locuções verbais. Nos exemplos referidos, o verbo dever forma com o verbo realçar uma locução verbal e tem um comportamento que se aproxima do de um verbo auxiliar. Por este motivo, o clítico se poderá ser colocado depois do verbo principal (ex.: deve realçar-se), do qual depende semanticamente, ou a seguir ao verbo auxiliar (ex.: deve-se realçar). É de realçar que a posição mais consensual (e aconselhada por vários gramáticos) é a primeira, isto é, depois do verbo principal.

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