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arações

agaiatado | adj.

Que tem ares de gaiato ou garoto....


agauchado | adj.

Com jeito e ares de gaúcho....


afidalgado | adj.

Que tem ares ou maneiras de fidalgo....


alapoado | adj.

Que tem ares ou modos de indivíduo rústico, grosseiro, lapão....


sonsinho | adj.

Velhaco; solerte; songa....


alapuzado | adj.

Que tem ares ou modos de indivíduo rústico, grosseiro, lapuz....


Frase que se diz ter Constantino visto numa cruz que lhe apareceu nos ares, quando marchava contra Maxêncio....


Divisa do cidadão que serve o seu país em tempo de guerra, pegando em armas, e no tempo de paz entregando-se à agricultura....


armela | n. f.

Aro onde se enfia o ferrolho da porta....


armila | n. f. | n. f. pl.

Círculo, aro....


aro | n. m.

Pequeno arco....


arrabalde | n. m. | n. m. pl.

Lugar ou localidade que fica no aro de uma povoação....


arrebanho | n. m.

Operação agrícola que consiste em colocar na retaguarda do timão do arado uma vassoura que aplana os camalhões e cobre as sementes, à medida que o arado vai abrindo regos na terra....


arrelhada | n. f.

Pá de ferro com que se limpam as relhas do arado....


banjo | n. m.

Instrumento de cordas, oriundo da América do Norte, composto por um aro de madeira ou metal, coberto por pele ou película sintética, e dotado de braço longo e fino....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.


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