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passeáreis

Será que queria dizer passeareis?

A forma passeáreisé [segunda pessoa plural do pretérito mais-que-perfeito do indicativo de passearpassear].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
passearpassear
( pas·se·ar

pas·se·ar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Caminhar a passo e sem pressa, para fazer exercício ou para distracção. = DEAMBULAR, DIVAGAR, ERRAR, VAGUEAR

2. Mover-se vagarosamente a pé ou num meio de transporte.

3. Ir de um lugar a outro por divertimento ou lazer (ex.: fomos a Braga para passear).

4. [Figurado] [Figurado] Mover-se ou passar devagar ou sem obstáculos (ex.: no vale, o rio passeia). = CORRER, DESLIZAR, FLUIR

5. Estar ocioso (ex.: andei a passear esta semana).


verbo transitivo e pronominal

6. Fazer ou fazer-se ver a outros (ex.: andei a passear a minha roupa nova; os manequins passearam-se elegantemente na passarela). = EXIBIR, MOSTRAR, OSTENTAR


verbo transitivo

7. Levar para um passeio (ex.: vou passear o cão).

8. Percorrer em passeio (ex.: passeámos as áleas do parque).

9. [Figurado] [Figurado] Dirigir, movendo brandamente (ex.: passeou o olhar sobre o papel).

10. Fazer exercício a andar, depois de ingerir alguma coisa (ex.: foi passear o almoço).


ir passear

[Informal] [Informal] Usa-se, geralmente no imperativo, mandar alguém embora ou dizer-lhe de forma agressiva que está a incomodar ou que não se quer conversa.

mandar passear

[Informal] [Informal] Despedir alguém indelicadamente e sem lhe dar atenção.

etimologiaOrigem etimológica:passo + -ear.

passeáreispasseáreis

Auxiliares de tradução

Traduzir "passeáreis" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



O particípio passado de imprimir é imprimido?! Que aconteceu ao impresso?!
De facto, impresso também é particípio passado de imprimir, pois este é um verbo que admite mais de um particípio passado, empregando-se geralmente esta forma com os auxiliares ser ou estar e a forma imprimido com os auxiliares ter ou haver.

Cunha e Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo [Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 442], sugerem que o verbo imprimir só tem duplo particípio quando significa ‘estampar, gravar’, com o exemplo Este livro foi impresso em Portugal, e não quando significa ‘imprimir movimento’, com o exemplo Foi imprimida enorme velocidade ao carro).




A minha dúvida é relativa ao novo Acordo Ortográfico: gostava que me esclarecessem porque é que "lusodescendente" escreve-se sem hífen e "luso-brasileiro", "luso-americano" escreve-se com hífen. É que é um pouco difícil de se compreender, e já me informei com algumas pessoas que não me souberam dizer o porquê de ser assim. Espero uma resposta de vossa parte com a maior brevidade possível.
Não há no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 uma diferença clara entre as palavras que devem seguir o disposto na Base XV e o disposto na Base XVI. Em casos como euroafricano/euro-africano, indoeuropeu/indo-europeu ou lusobrasileiro/luso-brasileiro (e em outros análogos), poderá argumentar-se que se trata de "palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido" (Base XV) para justificar o uso do hífen. Por outro lado, poderá argumentar-se que não se justifica o uso do hífen uma vez que se trata de "formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e de formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.)" (Base XVI).

Nestes casos, e porque afro-asiático, afro-luso-brasileiro e luso-brasileiro surgem no texto legal como exemplos da Base XV, a Priberam aplicou a Base XV, considerando que "constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido". Trata-se de uma estrutura morfológica de coordenação, que estabelece uma relação de equivalência entre dois elementos (ex.: luso-brasileiro = lusitano e brasileiro; sino-japonês = chinês e japonês).

São, no entanto, excepção os casos em que o primeiro elemento não é uma unidade sintagmática e semântica e se liga a outro elemento análogo, não podendo tratar-se de justaposição (ex.: lusófono), ou quando o primeiro elemento parece modificar o valor semântico do segundo elemento, numa estrutura morfológica de subordinação ou de modificação, que equivale a uma hierarquização dos elementos (ex.:  eurodeputado = deputado [que pertence ao parlamento europeu]; lusodescendente = descendente [que provém de lusitanos]).

É necessário referir ainda que o uso ou não do hífen nestes casos não é uma questão nova na língua portuguesa e já se colocava antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Em diversos dicionários e vocabulários anteriores à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 já havia práticas ortográficas que distinguiam, tanto em Portugal como no Brasil, o uso do hífen entre euro-africano (sistematicamente com hífen) e eurodeputado (sistematicamente sem hífen).