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mundos

A forma mundosé [masculino plural de mundomundo].

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mundo1mundo1
( mun·do

mun·do

)


nome masculino

1. Conjunto formado pelo espaço com todos os seus corpos e seres. = UNIVERSO

2. Conjunto dos astros a que o Sol serve de centro. = UNIVERSO

3. Globo terrestre. = TERRA

4. Representação do planeta Terra no centro de um conjunto de anéis que representam os principais círculos da esfera celeste. = ESFERA ARMILAR

5. Astro; planeta.

6. Cada um dos dois grandes territórios continentais terrestres, particularmente a América, quando chamada Novo Mundo.

7. [Por extensão] [Por extensão] Conjunto dos seres humanos. = HUMANIDADE

8. Sociedade humana em determinado tempo ou espaço (ex.: mundo medieval; mundo oriental).

9. A vida terrestre.

10. Classe ou categoria social.

11. Vida em sociedade.

12. Tudo o que é grande.

13. Conjunto dos prazeres materiais (ex.: renunciou ao mundo).


do outro mundo

Que é fora do comum ou de grande qualidade. = EXTRAORDINÁRIO

mundos e fundos

Grandes riquezas, recursos ou promessas.

novo mundo

Conjunto de países ou territórios da América. (Geralmente com inicial maiúscula.)

outro mundo

Aquilo que se acredita existir para além da morte; vida futura.

primeiro mundo

[Economia política] [Economia política]  Conjunto de países desenvolvidos económica e socialmente. (Geralmente com inicial maiúscula.)

quarto mundo

[Economia política] [Economia política]  Conjunto dos países mais pobres ou menos desenvolvidos do Terceiro Mundo. (Geralmente com inicial maiúscula.)

[Economia política] [Economia política]  Conjunto das pessoas mais pobres ou excluídas da sociedade.

segundo mundo

[Economia política] [Economia política]  Conjunto de países de economia socialista, sobretudo os de influência soviética. (Geralmente com inicial maiúscula.)

[Economia política] [Economia política]  Conjunto de países em processo intermédio de desenvolvimento económico e social. (Geralmente com inicial maiúscula.)

terceiro mundo

[Economia política] [Economia política]  Conjunto de países pobres, subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento económico e social. (Geralmente com inicial maiúscula.)

todo mundo

[Brasil] [Brasil] O mesmo que todo o mundo.

todo o mundo

Conjunto total das pessoas (ex.: pode começar porque já chegou todo o mundo; todo o mundo sabe isso). = TODA A GENTE

velho mundo

Conjunto de países ou territórios da Europa, da Ásia e da África. (Geralmente com inicial maiúscula.)

vir ao mundo

Nascer.

etimologiaOrigem etimológica:latim mundus, -i, conjunto dos corpos celestes, firmamento, universo.

mundo2mundo2
( mun·do

mun·do

)


adjectivoadjetivo

Que não tem sujidade ou impurezas. = LIMPO, PUROIMPURO, IMUNDO

etimologiaOrigem etimológica:latim mundus, -a, -um, limpo, asseado, elegante, puro, purificado.

mundosmundos

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Dúvidas linguísticas



Sou de Recife e recentemente tive uma dúvida muito forte ao pensar sobre uma palavra: xexeiro, checheiro ou seixeiro (não sei na verdade como se escreve e se tem, realmente, uma forma correta). Essa palavra é usada para dizer quando uma pessoa é "caloteiro", mau pagador. Em Recife é comum ouvir isso das pessoas: fulano é um "xexeiro". Gostaria de saber de onde surgiu esse termo. Fiquei pensando o seguinte: seixo é uma pedra dura e lisa e quando uma pessoa está com pouco dinheiro dizem que ela está "lisa" ou "dura". Então na verdade o certo seria seixeiro. Essa é a minha dúvida.
A forma correcta é seixeiro, que, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, deriva mesmo de seixo, “calote”, acepção que o referido dicionário também regista como regionalismo nordestino.



Na frase: Nós convidámo-vos, o pronome é enclítico, o que obriga à omissão do -s final na desinência -mos ao contrário do que o V. corrector on-line propõe: Nós convidamos-vos, o que, certamente, é erro. Nós convidamos-vos, Nós convidámos-vos, Nós convidamo-vos, Nós convidámo-vos: afinal o que é que está correcto?
A forma nós convidámos-vos encontra-se correcta, tal como é verificado pelo FLiP on-line.

A forma *nós convidámo-vos corresponde a um erro muito frequente dos utilizadores da língua, por analogia com o uso enclítico do pronome nos (como em nós convidámo-nos); apesar de aparentemente semelhantes, estes dois casos correspondem a contextos diferentes que determinaram a grafia actual. Em casos como nós convidámo-nos, estamos perante a terminação da primeira pessoa do plural -mos, seguida do clítico nos; estas duas terminações são quase homófonas, pelo que a língua encontrou uma forma de as dissimilar ou diferenciar, num fenómeno designado “dissimilação das sílabas parafónicas” por Martins de Aguiar, citado por CUNHA e CINTRA na Nova Gramática do Português Contemporâneo (Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 318). No caso de nós convidámos-vos não há necessidade de dissimilação, pelo que a grafia deverá incluir o -s final da desinência da primeira pessoa do plural.

Relativamente ao uso dos clíticos e às alterações ortográficas que estes implicam quando se seguem à forma verbal (ênclise), pode dizer-se que não há qualquer alteração ortográfica com os pronomes pessoais átonos que são complemento indirecto (me, te, lhe, vos, lhes), excepto com o pronome nos, que provoca a já referida redução da forma verbal da desinência da primeira pessoa do plural (de *-mos-nos para -mo-nos). A este respeito, veja-se o anexo relativo aos verbos no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) ou 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois (“Collection Bescherelle”, Paris, Hatier, 1993), duas das poucas obras de referência que explicitamente referem este fenómeno.

Em relação aos clíticos de complemento directo (o, a, os as), quando há ênclise apresentam alteração para -lo, la, -los, -las se se seguirem a forma verbal terminada em -r, -s ou -z ou ao advérbio eis, sendo que há redução da forma verbal (ex.: convidá-lo, convidamo-las, di-lo, ei-la), por vezes com necessidade de acentuação gráfica (ver também outra dúvida sobre este assunto em escreve-lo e escrevê-lo). Se a forma verbal terminar em nasal (ex.: convidam, convidaram), o pronome enclítico altera-se para -no, -na, -nos, -nas (ex.: convidam-no, convidaram-nas).

As construções *nós convidamo-vos e *nós convidámo-vos estão então incorrectas, pois não há motivo para retirar o -s à terminação da primeira pessoa do plural quando seguida do clítico vos. No português europeu, as construções nós convidamos-vos e nós convidámos-vos estão ambas correctas, distinguindo-se apenas pelo tempo verbal. A primeira corresponde ao presente do indicativo (ex.: Hoje convidamos-vos para uma visita às grutas) e a segunda ao pretérito perfeito do indicativo (ex.: Ontem convidámos-vos para um passeio de barco).