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mordida

A forma mordidapode ser [feminino singular de mordidomordido], [feminino singular particípio passado de mordermorder] ou [nome feminino].

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mordidamordida
( mor·di·da

mor·di·da

)


nome feminino

Acto ou efeito de morder. = MORDEDURA, MORDIDELA

etimologiaOrigem etimológica:feminino de mordido, particípio de morder + -ela.

mordermorder
|ê| |ê|
( mor·der

mor·der

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Cravar os dentes em. = DENTAR

2. Ferir com os dentes. = FERRAR, PICAR

3. Corroer.

4. [Figurado] [Figurado] Afligir.

5. Murmurar de.


verbo intransitivo

6. Dar dentadas.

7. Causar ou sentir comichão.

8. [Figurado] [Figurado] Murmurar.


verbo pronominal

9. Dar dentadas em si.

10. Irritar-se.

mordidomordido
( mor·di·do

mor·di·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que se mordeu.

2. Que sofreu ou tem marca de mordidela.

3. Que está perturbado por sentimento intenso (ex.: mordido de curiosidade; mordido de raiva). = ROÍDOTRANQUILO

4. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Que ingeriu demasiada bebida alcoólica. = ALCOOLIZADO, BÊBEDO, ÉBRIO, EMBRIAGADOSÓBRIO

etimologiaOrigem etimológica:particípio de morder.

mordidamordida

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).