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mesmíssimas

A forma mesmíssimasé [derivação feminino plural de mesmomesmo].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
mesmomesmo
|ê| |ê|
( mes·mo

mes·mo

)


determinante e pronome demonstrativo

1. Indica igualdade, semelhança ou identidade (ex.: ele vestiu estas mesmas calças ontem; ela continua a mesma apesar de tudo o que lhe aconteceu).


pronome demonstrativo

2. Coisa ou pessoa que já foi mencionada anteriormente (ex.: eu fiz a tarefa, mas a mesma não ficou perfeita).


determinante demonstrativo

3. Usa-se após pronome pessoal ou outras formas de tratamento de modo enfático (ex.: eu mesmo farei o trabalho). = PRÓPRIO

4. Usa-se após um nome para enfatizar o grau de uma qualidade (ex.: ele é o profissionalismo mesmo).


advérbio

5. Com exactidão (ex.: ele mora mesmo ao lado da escola). = EXACTAMENTE

6. Inclusivamente; até (ex.: as crianças chegaram esfomeadas, mesmo as que já tinham lanchado).

7. Realmente, de verdade (ex.: a guerra é mesmo necessária?).


nome masculino

8. Algo equivalente ou igual (ex.: disseram todos o mesmo).


isso é o mesmo

É indiferente ser uma ou outra coisa.

Não importa.

mesmo que

Usa-se para introduzir uma frase subordinada e indica oposição a uma outra ideia exposta, mas que não é impeditiva (ex.: mesmo que não tenhamos apoio, temos de continuar). = AINDA QUE, EMBORA

etimologiaOrigem etimológica:latim vulgar *metipsimus, forma superlativa de *metipse, da partícula latina enfática met- + latim ipse, ipsa, ipsum, ele mesmo, ela mesma, esse, essa, isso.

Ver também resposta à dúvida: classificação morfossintáctica de mesmo.
mesmíssimasmesmíssimas

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Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).