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A palavra X-Acto corresponde originalmente a uma marca comercial e é pronunciada correntemente em português como (chizáto), sem articulação do som da consoante -c-. Por se tratar de um nome comercial, e segundo a
Base XXI do Acordo
Ortográfico de 1990, as regras ortográficas não se aplicam.
Outra grafia para designar o mesmo objecto é
xis-acto, que corresponde a uma adaptação aos padrões do português, fenómeno muito comum em aportuguesamentos. Esta forma, que já não corresponde à marca registada, já torna possível a aplicação das novas regras ortográficas (cf.
Base IV do Acordo
Ortográfico de 1990), o que justifica passar a escrever-se xis-ato com aplicação da nova ortografia.
Tratando-se uma palavra de origem estrangeira, derivada de uma marca comercial, com
uma grafia pouco comum no sistema ortográfico do português, não deixa de ser
interessante que pesquisas em corpora e em motores de busca revelem
ocorrências das formas xizato (em maior número até do que xizacto),
o que demonstra a tendência que os falantes sentem de aproximar termos
estrangeiros aos padrões da língua portuguesa.
Outros casos de palavras que sofreram
o mesmo processo incluem, por exemplo,
chiclete,
fórmica,
gilete,
jipe,
lambreta,
licra,
óscar,
pírex,
polaróide,
rímel,
tartã ou
vitrola. Estas e outras palavras tornaram-se nomes comuns, ainda que originalmente derivadas de marcas comerciais, e integraram-se no sistema da língua com maiores ou menores alterações.