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esgalhados

A forma esgalhadospode ser [masculino plural de esgalhadoesgalhado] ou [masculino plural particípio passado de esgalharesgalhar].

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esgalharesgalhar
( es·ga·lhar

es·ga·lhar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Cortar os galhos a. = DESGALHAR, DESRAMAR, ESCANHOTAR, ESTRONCAR

2. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Fazer alguma coisa com rapidez ou improvisar com eficácia ou habilidade (ex.: conseguiu esgalhar uma solução).

3. [Portugal: Trás-os-Montes] [Portugal: Trás-os-Montes] Dizer mal, falar mal de.


verbo intransitivo e pronominal

4. Criar ou abrir galhos em.

5. Dividir-se em ramos ou subdivisões. = RAMIFICAR-SE


verbo intransitivo

6. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Andar muito depressa (ex.: arrancou e foi a esgalhar até casa).

7. [Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] Estimular o pénis com a mão e com os dedos para obtenção de prazer sexual.

etimologiaOrigem etimológica:es- + galho + -ar.

esgalhadoesgalhado
( es·ga·lha·do

es·ga·lha·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que se esgalhou.

2. Dividido em galhos, como a armação do veado.

3. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Feito ou improvisado com habilidade ou eficácia (ex.: solução bem esgalhada).

etimologiaOrigem etimológica:particípio de esgalhar.

esgalhadosesgalhados


Dúvidas linguísticas



Gostaria de informar-lhes a respeito do nome "álibi" encontrado em vossa página. Consta, que "álibi" é uma palavra acentuada por ser uma palavra proparoxítona. Porém, devido ao latinismo, a mesma não apresenta nenhum tipo de acentuação. Para verificação da regra gramatical, ver MODERNA GRAMÁTICA PORTUGUESA, 37a. edição, EVANILDO BECHARA, página 92.
A palavra esdrúxula (ou proparoxítona) álibi corresponde ao aportuguesamento do latinismo alibi, que significa “em outro lugar”. O étimo latino, cuja penúltima vogal é breve, justifica a consagração desta forma com acento gráfico, sendo que o Vocabulário da Língua Portuguesa de Rebelo Gonçalves (Coimbra: Coimbra Editora, 1966) e o Grande Vocabulário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado (Lisboa: Âncora Editora, 2001) referem, respectivamente, que é inexacta ou incorrecta, a forma aguda (ou oxítona) alibi. A Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara (37ª ed. revista e ampliada, Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002), regista a forma alibi, mas marca-a como latinismo, isto é, como forma cuja grafia é a mesma do étimo latino, não respeitando as regras ortográficas do português que obrigam à acentuação gráfica de todas as palavras esdrúxulas. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa parece ser o único dicionário de língua portuguesa que regista a forma alibi (como palavra grave e com a correspondente transcrição fonética diferente de álibi), averbando-a em linha a seguir a álibi, como variante não preferencial (segundo as indicações da introdução dessa obra).



Meia voz ou meia-voz? Nas buscas que fiz encontrei meia voz usado comummente em Portugal e meia-voz usado no Brasil.
O registo lexicográfico não é unânime no registo de palavras hifenizadas (ex.: meia-voz) versus locuções (ex.: meia voz), como se poderá verificar pela consulta de algumas obras de referência para o português. Assim, podemos observar que é registada a locução a meia voz, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001), no Novo Dicionário Aurélio (Curitiba: Editora Positivo, 2004); esta é também a opção do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, na entrada voz. Por outro lado, a palavra hifenizada meia-voz surge registada no Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002).

Esta falta de consenso nas obras lexicográficas é consequência da dificuldade de uso coerente do hífen em português (veja-se a este respeito a Base XV do Acordo Ortográfico de 1990 ou o texto vago e pouco esclarecedor da Base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945 para a ortografia portuguesa). Um claro exemplo da dificuldade de registo lexicográfico é o registo, pelo Grande Dicionário da Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004), da locução a meia voz no artigo voz a par do registo da locução a meia-voz no artigo meia-voz.