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dobráramos

A forma dobráramosé [primeira pessoa plural do pretérito mais-que-perfeito do indicativo de dobrardobrar].

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dobrardobrar
( do·brar

do·brar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Pôr dobrado.

2. Fazer curvar, vergar ou torcer.

3. Voltar.

4. Passar além de.

5. Passar por (para tomar outra direcção).

6. Duplicar.

7. Tornar mais forte, mais intenso, mais activo.

8. Demover, modificar.

9. Induzir.

10. Fazer ceder, obrigar, coagir.

11. [Brasil] [Brasil] Gorjear, cantar.

12. [Cinema, Televisão] [Cinema, Televisão] Executar uma dobragem. (Equivalente no português do Brasil: dublar.)

13. [Desporto] [Esporte] Conseguir uma volta de avanço sobre um adversário.

14. [Teatro] [Teatro] Substituir um actor. (Equivalente no português do Brasil: dublar.)


verbo intransitivo

15. Tocar (o sino) a finados.

16. Duplicar-se; aumentar.

17. Ceder.

18. Dar volta.


verbo pronominal

19. Multiplicar-se.

Auxiliares de tradução

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Dúvidas linguísticas



Como se classifica gramaticalmente a forma levemo-lo?
Gramaticalmente, levemo-lo corresponde a uma forma do verbo levar na primeira pessoa do plural do imperativo (ex.: amigos, levemos isto daqui já), seguido do pronome átono o, que assume a forma -lo por estar a seguir a uma forma verbal terminada num -s (que desaparece: levemos + o = levemo-lo).

A forma levemos, isoladamente, poderá corresponder também ao presente do conjuntivo (ex.: é preciso que levemos isto daqui), mas, como tem o pronome átono em posição enclítica (depois do verbo), não corresponde a esse tempo, pois o presente do conjuntivo é normalmente antecedido da conjunção que, com propriedades de atracção do pronome átono (ex.: é preciso que o levemos daqui), não sendo considerada gramatical uma construção proclítica nesse caso (ex.: *é preciso que levemo-lo daqui).




Escreve-se ei-la ou hei-la?
A forma correcta é ei-la.

A palavra eis é tradicionalmente classificada como um advérbio e parece ser o único caso, em português, de uma forma não verbal que se liga por hífen aos clíticos. Como termina em -s, quando se lhe segue o clítico o ou as flexões a, os e as, este apresenta a forma -lo, -la, -los, -las, com consequente supressão de -s (ei-lo, ei-la, ei-los, ei-las).

A forma hei-la poderia corresponder à flexão da segunda pessoa do plural do verbo haver no presente do indicativo (ex.: vós heis uma propriedade > vós hei-la), mas esta forma, a par da forma hemos, já é desusada no português contemporâneo, sendo usadas, respectivamente, as formas haveis e havemos. Vestígios destas formas estão presentes na formação do futuro do indicativo (ex.: nós ofereceremos, vós oferecereis, nós oferecê-la-emos, vós oferecê-la-eis; sobre este assunto, poderá consultar a resposta mesóclise).

Pelo que acima foi dito, e apesar de a forma heis poder estar na origem da forma eis (o que pode explicar o facto de o clítico se ligar por hífen a uma forma não verbal e de ter um comportamento que se aproxima do de uma forma verbal), a grafia hei-la não pode ser considerada regular no português contemporâneo, pelo que o seu uso é desaconselhado.