PT
BR
Pesquisar
Definições



deíticas

A forma deíticasé [feminino plural de deícticodeíticodeítico].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
deícticodeíticodeítico
|ít| |ít| |ít|
( de·íc·ti·co de·í·ti·co

de·í·ti·co

)


nome masculino

1. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Palavra cujo significado faz referência à situação, ao contexto e aos interlocutores da enunciação (ex.: as palavras sublinhadas são deíctico: este é o meu lugar; aconteceu ali).


adjectivoadjetivo

2. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Que faz referência à situação, ao contexto e aos interlocutores da enunciação (ex.: expressões deícticas).

3. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Relativo à dêixis.

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: DÊICTICO, DÍCTICO

etimologiaOrigem etimológica:grego deiktikós, -ê, -ón, que mostra, demonstrativo.
sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: deítico.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: deíctico.
grafiaGrafia no Brasil:deítico.
grafiaGrafia em Portugal:deíctico.
deíticasdeíticas

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Se a palavra maldade se refere à qualidade do que é mau, porque se escreve com l e não com u?
Maldade escreve-se com l porque tem origem na palavra latina malitas, -atis. Mau provém do latim malus através de um processo de síncope (no caso, queda do l intervocálico).