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curtir

curtircurtir | v. tr. | v. tr. e intr. | v. intr.
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cur·tir cur·tir

- ConjugarConjugar

(origem controversa)
verbo transitivo

1. Preparar peles, couros para os tornar imputrescíveis.

2. Remolhar matérias têxteis para as abrandar e lhes poder separar as fibras.

3. Conservar alimentos em líquido adequado. = CURAR

4. Queimar a pele por exposição ao sol ou ao vento.

5. [Figurado]   [Figurado]  Suportar sofrimento ou situação penosa. = AGUENTAR, PADECER, SOFRER

6. [Figurado]   [Figurado]  Tornar mais forte, mais resistente. = CALEJAR, ENDURECER

7. [Informal]   [Informal]  Ressacar.

8. [Informal]   [Informal]  Sentir prazer ou satisfação por; gostar muito de (ex.: ele curte ouvir música clássica). = APRECIAR, DELEITAR-SE, DESFRUTAR

verbo transitivo e intransitivo

9. [Informal]   [Informal]  Trocar carícias sexuais.

verbo intransitivo

10. [Informal]   [Informal]  Estar despreocupado, em ambiente relaxante ou divertido. = DESCONTRAIR, RELAXAR

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Parecidas

Dúvidas linguísticas


Agradeço que esclareçam se as frases que se seguem estão correctas: 1 - Quem vai ao cinema é a Maria e o João. 2 - Quem vai ao cinema são a Maria e o João. Sempre pensei que a frase correcta fosse a segunda, tendo em conta que o sujeito está no plural e que o verbo deve concordar com o sujeito. No entanto, debati a questão com uma amiga e não conseguimos chegar a um consenso.
Considera-se mais correcta a frase Quem vai ao cinema são a Maria e o João.

A questão colocada diz respeito a uma frase que contém uma estrutura copulativa de identificação (equivalente a isto é aquilo [=Quem vai ao cinema são/é a Maria e o João]). Esta estrutura constitui uma das construções de clivagem possíveis em português (sobre este assunto, poderá consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de MATEUS et al., 5.ª ed. Editorial Caminho, 2003, pp. 685 e seguintes), designada por construção pseudoclivada.

A frase em apreço (Quem vai ao cinema são/é a Maria e o João) é equivalente, do ponto de vista semântico e informativo, à frase A Maria e o João vão ao cinema, havendo um constituinte que é posto em destaque através de uma oração subordinada relativa substantiva sem antecedente (Quem vai ao cinema). O pronome pessoal quem é um pronome de terceira pessoa do singular e obriga o verbo a concordar com ele dentro da oração subordinada - no caso em análise trata-se da forma do presente do indicativo (vai) do verbo ir (sobre quem como sujeito da oração, poderá consultar também as respostas sou eu quem e fui eu quem).

Toda a oração subordinada constitui por sua vez o predicativo do sujeito da oração subordinante, com uma inversão da ordem canónica da frase:
[Quem vai ao cinema]Predicativo do sujeito [são/é]Verbo copulativo [a Maria e o João]Sujeito.
A identificação do sujeito e do predicativo do sujeito pode ser feita com a retoma do sujeito da frase A Maria e o João vão ao cinema e com a pronominalização do predicativo do sujeito através do pronome demonstrativo invariável o (ex.: A Maria e o João são-no; *Quem vai ao cinema é-o). Sobre os testes de identificação do sujeito e do predicativo do sujeito, poderá ainda consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de MATEUS et al., pp. 281-284 e pp. 290-292.

A ordem canónica da frase será então:
[A Maria e o João]Sujeito [são/é]Verbo copulativo [quem vai ao cinema]Predicativo do sujeito.
Assim é possível verificar que a concordância verbal com o sujeito composto (a Maria e o João = eles) está correcta e é preferencial (Quem vai ao cinema são a Maria e o João), pois respeita a regra geral de concordância com sujeitos compostos, não havendo motivo para a concordância com o predicativo do sujeito (*A Maria e o João é quem vai ao cinema = Quem vai ao cinema é a Maria e o João).

A concordância dos verbos copulativos é problemática em português, motivo pelo qual a frase Quem vai ao cinema é a Maria e o João pode ser considerada gramatical, se se considerar que nesse caso o verbo concorda com o predicativo do sujeito em posição pós-verbal (sobre este assunto, pode consultar também a resposta verbo predicativo ser), mas dificilmente um falante poderá considerar gramatical a substituição do sujeito composto pelo pronome pessoal correspondente (*Quem vai ao cinema é eles).




Plural de adjectivos compostos: como se diz - olhos verdes-claros, olhos verde-claros ou olhos verdes-claro? As opiniões divergem muito mas pela lógica (e também pela quantidade de falantes de português que assim o dizem) seria: olhos verdes, olhos claros, logo olhos verdes-claros (os adjectivos têm que concordar com os nomes não é assim?).
De acordo com a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Lindley Cintra e Celso Cunha, nos adjectivos compostos apenas o segundo elemento varia em género e número. Assim sendo, o plural do adjectivo verde-claro deverá ser verde-claros (ex.: olhos verde-claros), tal como o plural do adjectivo azul-escuro deverá ser azul-escuros (ex.: saias azul-escuras). São excepção à regra acima a palavra surdo-mudo, cuja flexão é aplicada em ambos os elementos (surdos-mudos, surda-muda, surdos-mudos) e os adjectivos referentes a cores quando o segundo elemento é um substantivo (ex.: saia amarelo-ouro / saias amarelo-ouro). É ainda de salientar que as indicações acima não se aplicam quando se trata de um substantivo composto, pois nesse caso o plural é formado aplicando a flexão em ambos os elementos (ex.: o pintor usou vários verdes-claros).

Esta é, em geral, a regra preconizada pelas obras de referência da língua portuguesa que fazem o registo do plural das palavras compostas, nomeadamente o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa e o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.

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Palavra do dia

fa·le·na |ê|fa·le·na |ê|


(grego fálaina, -as ou fállaina, -as, espécie de lagarta)
nome feminino

[Entomologia]   [Entomologia]  Designação dada a várias espécies de borboletas nocturnas da família dos geometrídeos.

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in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/curtir [consultado em 31-05-2023]