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curto

A forma curtopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de curtircurtir], [adjectivoadjetivo] ou [nome masculino].

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curtocurto
( cur·to

cur·to

)


adjectivoadjetivo

1. Que tem escasso comprimento (ex.: gosta de ter o cabelo curto; o caminho é curto). = PEQUENO, REDUZIDOCOMPRIDO, EXTENSO, LONGO

2. Que dura pouco (ex.: filme curto). = BREVE, RÁPIDODURADOURO, DURÁVEL, LONGO

3. Em pequeno número ou quantidade insuficiente (ex.: o dinheiro era curto para tudo o que necessitavam). = ESCASSO, INSUFICIENTE, PARCOABUNDANTE, SUFICIENTE

4. Que não chega a encher o recipiente (ex.: pediu um café curto).CHEIO

5. [Figurado] [Figurado] Que demonstra concisão (ex.: o seu estilo de escrita é curto e eficaz). = CONCISO, LACÓNICO, RESUMIDO, SINTÉTICO, SUCINTOEXTENSO, LONGO, PROFUSO, PROLIXO

6. [Figurado] [Figurado] Que se revela insuficiente; que tem características ou capacidades limitadas (ex.: disse que ele tinha inteligência curta; ela é uma pessoa de ideias curtas). = ACANHADO, LIMITADO, REDUZIDOCONSIDERÁVEL, VASTO


nome masculino

7. [Brasil] [Brasil] [Electricidade] [Eletricidade] [Eletricidade] Curto-circuito.

etimologiaOrigem etimológica: latim curtus, -a, -um.
iconeConfrontar: corto.
curtircurtir
( cur·tir

cur·tir

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Preparar peles, couros para os tornar imputrescíveis.

2. Remolhar matérias têxteis para as abrandar e lhes poder separar as fibras.

3. Conservar alimentos em líquido adequado. = CURAR

4. Queimar a pele por exposição ao sol ou ao vento.

5. [Figurado] [Figurado] Suportar sofrimento ou situação penosa. = AGUENTAR, PADECER, SOFRER

6. [Figurado] [Figurado] Tornar mais forte, mais resistente. = CALEJAR, ENDURECER

7. [Informal] [Informal] Ressacar.

8. [Informal] [Informal] Sentir prazer ou satisfação por; gostar muito de (ex.: ele curte ouvir música clássica). = APRECIAR, DELEITAR-SE, DESFRUTAR


verbo transitivo e intransitivo

9. [Informal] [Informal] Trocar carícias sexuais.


verbo intransitivo

10. [Informal] [Informal] Estar despreocupado, em ambiente relaxante ou divertido. = DESCONTRAIR, RELAXAR

etimologiaOrigem etimológica: origem controversa.
curtocurto

Auxiliares de tradução

Traduzir "curto" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida sobre a existência ou não da palavra desposicionado, ou seja, utilizo a expressão para dizer o contrário de posicionado. Por exemplo: Um jogador está bem posicionado no campo, ou está desposicionado (quando não está bem posicionado).
O verbo desposicionar (assim como o adjectivo participial desposicionado) não se encontra registado em nenhum dos dicionários de língua portuguesa por nós consultados, mas as pesquisas em corpora e na Internet evidenciam que se trata de palavra bastante usada actualmente em contextos desportivos, com o significado "sair da posição previamente definida" ou "deslocar-se da posição regulamentar".

Esta palavra tem uma formação regular através da aposição do prefixo des- (muito produtivo em português) ao verbo posicionar, pelo que, apesar de não se encontrar ainda atestada em obras lexicográficas, o seu uso é inteiramente lícito.




Se entre vogais s vale z, o porquê de cozinha e certeza se escreverem com z e não s e o porquê de casa se escrever com s e não com z? Porquê, por exemplo, vaso, casinha, casita, vasito com s entre duas vogais e porquê, por exemplo, leãozinho, leãozito, cãozinho?
A ortografia do português, como a ortografia de qualquer língua, é um conjunto de regras convencionadas e artificiais que procuram reflectir o sistema fonológico e morfológico da língua, em muitos casos com invocação de motivos etimológicos, desconhecidos da maioria dos utilizadores da língua. Por este motivo, são normalmente os utilizadores da língua que mais lêem e escrevem quem melhor domina a ortografia, por desenvolverem uma memória e uma prática ortográfica.

A ortografia portuguesa só começou a ter alguma estabilidade a partir do final do séc. XIX, com o início das reformas ortográficas. A instabilidade anterior a esta altura poderá facilmente ser verificada em textos antigos, em dicionários etimológicos ou em dicionários com formas históricas, como o Dicionário Houaiss (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). Poderá verificar, por exemplo, que a grafia de casa se encontra atestada como casa em 1221, como quasa, em 1278, como caza, em 1352 ou como cassa, no séc. XIV. Este é apenas um exemplo, mas é possível encontrar casos afins, até no séc. XX, de grafias que nos parecerão muito estranhas, atendendo à ortografia actual, fixada sobretudo a partir da década de 40 do séc. XX, com o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu e com o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil.

A juntar a estes factores, e também decorrente deles, há o facto de a relação entre os sinais gráficos (as letras) e os sons por eles representados não serem unívocos. Para uma letra (ex.: s) pode então haver várias pronúncias (ex.: [s] em sal, [z] em casa, [S] em cais, [Z] em mesmo) e para um som (ex.: [s]) pode haver várias grafias (ex. sal, massa, macio, coçar, trouxe). Apesar do que foi dito anteriormente, há ortografias que decorrem de processos regulares de derivação etimológica, em muitos casos a partir do latim. Desta forma, o facto de a letra -s- se pronunciar [z] em contextos intervocálicos não invalida que a letra -z- possa ocorrer nesses mesmos contextos, por motivos etimológicos, sobretudo ligados à transformação, na passagem do latim ao português, de consoantes oclusivas latinas (o -c- latino tinha valor de [k]) em consoantes sibilantes antes das letras -e- e -i- (ex.: gallicia > galiza; judiciu(m) > juízo; luce(m) > luz; minacia > ameaça). Este fenómeno, designado assibilação, é comum a várias línguas neolatinas (ex.: judiciu(m) > judicieux [francês], juicio [espanhol]; minacia > menace [francês], amenaza [espanhol]).

Os últimos exemplos apresentados na dúvida colocada são diminutivos e apresentam dois sufixos distintos apostos à palavra ou ao radical. Nos casos de cão > cãozinho e de leão > leãozinho, leãozito, são utilizados os sufixos -zinho ou -zito. Nos casos de casa > casinha, casita e de vaso > vasito, aos radicais de cada uma das palavras foram acrescentados os sufixos -inho ou -ito e o -s- que aparece nestas palavras pertence ao radical e não ao sufixo diminutivo. Sobre os sufixos diminutivos, consulte ainda a resposta diminutivos (I).