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cravo

A forma cravopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de cravarcravar] ou [nome masculino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
cravo1cravo1
( cra·vo

cra·vo

)
Imagem

BotânicaBotânica

Flor do craveiro.


nome masculino

1. Prego de ferradura.

2. Prego com que se fixavam os supliciados na cruz.

3. [Medicina] [Medicina] Pequeno cilindro de matéria gorda que se forma na abertura de algumas glândulas sebáceas. = COMEDÃO, PONTO NEGRO

4. [Medicina] [Medicina] Verruga, geralmente nas mãos ou nos pés.

5. [Veterinária] [Veterinária] Tumor duro junto aos cascos dos equídeos. (Também se diz cravo passado ou repassado.)

6. [Botânica] [Botânica] Flor do craveiro.Imagem

7. [Botânica] [Botânica] Planta herbácea (Dianthus caryophyllus) da família das cariofiláceas.Imagem = CRAVEIRO

8. [Botânica] [Botânica] Botão da flor do craveiro-da-índia, usado como especiaria depois de seco.Imagem = CRAVINHO, CRAVO-DA-ÍNDIA, GIROFLE

9. [Encadernação] [Encadernação] Cada um dos pregos de metal colocados nos ângulos da capa e da contracapa.

etimologiaOrigem etimológica:latim clavus, -i, prego, cravo, cavilha, leme.
Confrontar: bravo.
cravo2cravo2
( cra·vo

cra·vo

)


nome masculino

[Música] [Música] Instrumento musical de cordas e teclado (ex.: o piano sucedeu ao cravo nos finais do século XVIII).

etimologiaOrigem etimológica:francês clavier.
Confrontar: bravo.
cravarcravar
( cra·var

cra·var

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e pronominal

1. Fazer entrar ou entrar com força ou profundidade (ex.: cravou a seta no centro do alvo; o estilhaço cravou-se na carne). = ENCRAVAR, ENTERRAR


verbo transitivo

2. Fixar com cravos ou pregos.

3. [Figurado] [Figurado] Olhar fixamente para. = FITAR, FIXAR

4. Inserir e fixar pedras preciosas (ex.: cravar pedraria). = ENCASTOAR, ENCRAVAR, ENGASTAR

5. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Pedir algo emprestado, geralmente sem intenção de devolver; obter gratuitamente (ex.: cravar dinheiro; cravar um almoço). [Equivalente no português do Brasil: filar.]


verbo pronominal

6. Fixar-se e não largar. = AGARRAR-SE, PRENDER-SE, SEGURAR-SE

etimologiaOrigem etimológica:latim clavo, -are.

Auxiliares de tradução

Traduzir "cravo" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



A palavra seje existe? Tenho um colega que diz que esta palavra pode ser usada na nossa língua.
Eu disse para ele que esta palavra não existe. Estou certo ou errado?
A palavra seje não existe. Ela é erradamente utilizada em vez de seja, a forma correcta do conjuntivo (subjuntivo, no Brasil) do verbo ser. Frases como “Seje bem-vindo!”, “Seje feita a sua vontade.” ou “Por favor, seje sincero.” são cada vez mais frequentes, apesar de erradas (o correcto é: “Seja bem-vindo!”, “Seja feita a sua vontade.” e “Por favor, seja sincero.”). A ocorrência regular de seje pode dever-se a influências de falares mais regionais ou populares, ou até mesmo a alguma desatenção por parte do falante, mas não deixa de ser um erro.



A minha dúvida é a respeito da etimologia de determinadas palavras cuja raiz é de origem latina, por ex. bondade, sensibilidade, depressão, etc. No Dicionário Priberam elas aparecem com a terminação nominativa mas noutros dicionários parece-me que estão na terminação ablativa e não nominativa. Gostaria que me esclarecessem.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas que são normalmente enunciadas na forma do nominativo, seguida do genitivo: bonitas, bonitatis (ou bonitas, -atis); sensibilitas, sensibilitatis (ou sensibilitas, -atis) e depressio, depressionis (ou depressio, -onis).

Noutros dicionários gerais de língua portuguesa, é muito usual o registo da etimologia latina através da forma do acusativo sem a desinência -m (não se trata, como à primeira vista pode parecer, do ablativo). Isto acontece por ser o acusativo o caso lexicogénico, isto é, o caso latino que deu origem à maioria das palavras do português, e por, na evolução do latim para o português, o -m da desinência acusativa ter invariavelmente desaparecido. Assim, alguns dicionários registam, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas bonitate, sensibilitate e depressione, que foram extrapoladas, respectivamente, dos acusativos bonitatem, sensibilitatem e depressionem.

Esta opção de apresentar o acusativo apocopado pode causar alguma perplexidade nos consulentes dos dicionários, que depois não encontram estas formas em dicionários de latim. Alguns dicionários optam por assinalar a queda do -m, colocando um hífen no final do étimo latino (ex.: bonitate-, sensibilitate-, depressione-). Outros, mais raros, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa optaram por enunciar os étimos latinos (ex.: bonitas, -atis; sensibilitas, -atis, depressio, -onis), não os apresentando como a maioria dos dicionários; o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não enuncia o étimo latino dos verbos, referenciando apenas a forma do infinitivo (ex.: fazer < facere; sentir < sentire).