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chamados

A forma chamadospode ser [masculino plural de chamadochamado] ou [masculino plural particípio passado de chamarchamar].

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chamarchamar
( cha·mar

cha·mar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Fazer, com palavras ou sinais, com que outrem venha.

2. Invocar.

3. Proceder à chamada; dizer em voz alta o nome de.

4. Dar nome a. = APELIDAR, DENOMINAR

5. Escolher para desempenhar um cargo. = NOMEAR

6. Atrair.

7. Originar.

8. Exigir, merecer.


verbo intransitivo

9. Invocar o auxílio de. = CLAMAR

10. [Telecomunicações] [Telecomunicações] Emitir sinal de ligação telefónica por meio de toque (ex.: o telefone já chama). = TOCAR


verbo pronominal

11. Ser designado por um nome.


chamar o Hugo

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Vomitar (ex.: estava tão cheio de cachaça que teve de chamar o Hugo).

chamar o Raul

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Vomitar (ex.: tenho vontade de chamar o Raul).

etimologiaOrigem etimológica:latim clamo, -are, gritar, clamar, chamar.

chamadochamado
( cha·ma·do

cha·ma·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que se chamou.

2. Que recebeu nome, apelido ou denominação. = DENOMINADO


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

3. Que ou quem recebeu convite ou chamamento (ex.: muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos). = CONVIDADO


nome masculino

4. Acto ou efeito de chamar. = CHAMAMENTO

5. Acto de dizer o nome de alguém para verificar a sua presença ou para pedir que se aproxime ou se dirija a algum local. = CHAMADA

6. Pedido de ajuda. = APELO

7. [Regionalismo] [Regionalismo] Assembleia local que se reúne periodicamente para debater assuntos relativos ao funcionamento de uma organização.

etimologiaOrigem etimológica:particípio de chamar.

chamadoschamados

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Dúvidas linguísticas



Sou de Recife e recentemente tive uma dúvida muito forte ao pensar sobre uma palavra: xexeiro, checheiro ou seixeiro (não sei na verdade como se escreve e se tem, realmente, uma forma correta). Essa palavra é usada para dizer quando uma pessoa é "caloteiro", mau pagador. Em Recife é comum ouvir isso das pessoas: fulano é um "xexeiro". Gostaria de saber de onde surgiu esse termo. Fiquei pensando o seguinte: seixo é uma pedra dura e lisa e quando uma pessoa está com pouco dinheiro dizem que ela está "lisa" ou "dura". Então na verdade o certo seria seixeiro. Essa é a minha dúvida.
A forma correcta é seixeiro, que, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, deriva mesmo de seixo, “calote”, acepção que o referido dicionário também regista como regionalismo nordestino.



Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.