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caralhões

A forma caralhõesé [derivação masculino plural de caralhocaralho].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
caralhocaralho
( ca·ra·lho

ca·ra·lho

)


nome masculino

1. [Calão] [Tabuísmo] Órgão sexual masculino. = PÉNIS

2. [Calão] [Tabuísmo] Indivíduo cujo nome se desconhece ou se quer omitir. = FULANO, GAJO, SUJEITO, TIPO

3. [Calão] [Tabuísmo] Coisa reles, sem utilidade.


interjeição

4. [Calão] [Tabuísmo] Expressão designativa de admiração, surpresa, espanto, indignação ou contrariedade. = CATANO


como o caralho

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] De maneira intensa ou em grande número. = MUITO

do caralho

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] Em elevado grau, dimensão ou intensidade (ex.: que trapaceiro do caralho; eles moram numa mansão do caralho; era uma dor do caralho). = GRANDE

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] Admirável, espectacular ou sensacional (ex.: é um vinho do caralho). = DO CARAÇAS

o caralho

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] Exclamação que indica desacordo ou refutação relativamente a afirmação anterior. = O CARAÇAS, O TANAS

para caralho

[Brasil, Calão] [Brasil, Tabuísmo] O mesmo que como o caralho.

pra caralho

[Brasil, Calão] [Brasil, Tabuísmo] O mesmo que como o caralho.

um caralho

[Portugal, Calão] [Portugal, Tabuísmo] É usado, geralmente em frases negativas, com o significado de coisa nenhuma (ex.: nunca fizeram um caralho pela iniciativa; o filme não vale um caralho; têm tudo pago e nem assim jogam um caralho; não percebes um caralho disto). = NADA

etimologiaOrigem etimológica: origem controversa.
caralhõescaralhões


Dúvidas linguísticas



Relativamente às entradas e co- do dicionário, tenho duas dúvidas que gostaria me pudessem esclarecer:
1.ª Em que base do Acordo Ortográfico de 1990 se especifica que as contrações deixam de levar acento grave?
2.ª Se co- leva hífen antes de h, por que motivo é coabitação e não pode ser coerdeiro? Adicionalmente, creio que no Acordo Ortográfico de 1990 se estabelece que co é exceção, e não leva hífen antes de o.
Para maior clareza na nossa resposta às suas questões, mantivemos a sua numeração original:

1. Com o Acordo Ortográfico de 1990, o uso do acento grave em algumas contracções ficou mais restringido.
A Base XXIV do Acordo Ortográfico de 1945, que regia a ortografia portuguesa antes de o Acordo de 1990 entrar em vigor, admitia o acento grave na contracção da preposição a com o artigo definido ou pronome demonstrativo o (e suas flexões) e ainda “em contracções idênticas em que o primeiro elemento é uma palavra inflexiva acabada em a”. É neste contexto que se inseria o acento grave em contracções como prò (de pra, redução de para + o) ou (de ca, conjunção arcaica + o). Segundo o Acordo de 1990 (cf. Base XII), não estão previstos outros contextos para o acento grave para além da contracção da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo o (à, às) e com os demonstrativos aquele e aqueloutro e respectivas flexões (ex.: àquele, àqueloutra).

2. O prefixo co- deverá, como refere, ser seguido de hífen antes de palavra começada por h (cf. Base XVI, 1.º, a), como em co-herdeiro. A justificação para a ausência de hífen em coabitar, coabitação e derivados é o facto de estas palavras, segundo a informação etimológica à nossa disposição, derivarem directamente do latim e não se terem formado no português.

Relativamente à sua última afirmação, de facto, o prefixo co- constitui uma excepção à regra que preconiza o uso do hífen quando o segundo elemento começa pela mesma vogal em que termina o primeiro (cf. Base XVI, 1.º, b); Obs.); isto é, o prefixo co- não será seguido de hífen mesmo se o elemento seguintes começar por o (ex.: coobrigar, ao contrário de micro-ondas).




Penso que há um erro no vosso conjugador quando consultamos o verbo ruir (presente do indicativo), quando confrontado com outro conjugador.
É muito frequente não haver consenso quanto à defectividade de um verbo e o caso do verbo ruir é paradigmático, divergindo as fontes de referência.

Das obras consultadas, o Dicionário Gramatical de Verbos Portugueses (Lisboa: Texto Editores, 2007), o Dicionário Houaiss Eletrônico ([CD_ROM] versão 3.0, Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss / Objetiva, 2009), o Dicionário Aurélio ([CD_ROM] versão 6.0, Curitiba: Positivo Informática, 2009) e o Dicionário Houaiss de verbos da Língua Portuguesa (Rio de Janeiro: Objetiva, 2003) consideram este verbo como defectivo, isto é, não apresentam todas as formas do paradigma de conjugação a que o verbo pertence (neste caso, as formas da primeira pessoa do presente do indicativo, todo o presente do conjuntivo e as formas do imperativo que deste derivam).

O Dicionário de Verbos e Regimes, de Francisco FERNANDES (44.ª ed., São Paulo: Ed. Globo, 2001) cita Ernesto Ribeiro, que considera este verbo geralmente defectivo nas formas homófonas com formas do verbo roer, e as outras formas pouco usadas.

 A Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso CUNHA e Lindley CINTRA (Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998) refere (p. 420), por outro lado, que o verbo ruir se conjuga pelo modelo regular de influir. É esta também a opção do Dicionário de Verbos Portugueses, da Porto Editora (Porto: Porto Editora, 1996).

Da informação acima apresentada se pode concluir que uma resposta peremptória a este tipo de questões é impossível e mesmo inadequada, estando a opção do Conjugador do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa justificada e secundada por sólidas referências. No entanto, qualquer verbo considerado defectivo pode ser hipoteticamente conjugado em todas as pessoas, pelo que as formas eu ruo ou que ele rua são possíveis.