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caracóis

A forma caracóisé [masculino plural de caracolcaracol].

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caracolcaracol
( ca·ra·col

ca·ra·col

)
Imagem

Molusco gastrópode, tipo dos helicídeos.


nome masculino

1. Molusco gastrópode, tipo dos helicídeos.Imagem

2. Flor do caracoleiro.

3. Caminho em ziguezague.

4. Hélice, espiral.

5. Madeixa de cabelo em espiral.

6. [Anatomia] [Anatomia] Parte do ouvido interno em forma de espiral. = CÓCLEA

7. [Viticultura] [Viticultura] Variedade de uva branca.


não valer dois caracóis

[Informal] [Informal] O mesmo que não valer um caracol.

não valer um caracol

[Informal] [Informal] Ter pouco ou nenhum valor (ex.: esses pneus não valem um caracol; sem ela, a lista de candidatos não vale um caracol). = NÃO VALER DOIS CARACÓIS, NÃO VALER UM CIGARRO FUMADO

etimologiaOrigem etimológica: origem obscura.
vistoPlural: caracóis.
iconPlural: caracóis.
caracóiscaracóis

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Dúvidas linguísticas



Pontapé: esta palavra é composta por justaposição ou por aglutinação?
A palavra pontapé é composta por justaposição.

De facto, é possível identificar neste vocábulo as palavras distintas que lhe deram origem – os substantivos ponta e – sem que nenhuma delas tenha sido afectada na sua integridade fonológica (em alguns casos pode haver uma adequação ortográfica para manter a integridade fonética das palavras simples, como em girassol, composto de gira + s + sol. Se não houvesse essa adequação, a palavra seria escrita com um s intervocálico (girasol) a que corresponderia o som /z/ e as duas palavras simples perderiam a sua integridade fonética e tratar-se-ia de um composto aglutinado). Daí a denominação de composto por justaposição, uma vez que as palavras apenas se encontram colocadas lado a lado, com ou sem hífen (ex.: guarda-chuva, passatempo, pontapé).

O mesmo não se passa com os compostos por aglutinação, como pernalta (de perna + alta), por exemplo, cujos elementos se unem de tal modo que um deles sofre alterações na sua estrutura fonética. No caso, o acento tónico de perna subordina-se ao de alta, com consequências, no português europeu, na qualidade vocálica do e, cuja pronúncia /é/ deixa de ser possível para passar à vogal central fechada (idêntica à pronúncia do e em se). Note-se ainda que as palavras compostas por aglutinação nunca se escrevem com hífen.

Sobre este assunto, poderá ainda consultar o cap. 24 da Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira MATEUS, Ana Maria BRITO, Inês DUARTE, Isabel Hub FARIA et al. (5.ª ed., Editorial Caminho, Lisboa, 2003), especialmente as pp. 979-980.




No contexto da criação de modelos, por exemplo, um modelo que descreva o comportamento dos utentes da CP face à oferta, é correcto usar as palavras modelação e modelização (esta última não incluída no vosso dicionário)?
Os dicionários de língua portuguesa registam apenas o termo modelação, como o acto de modelar (“criar a partir de molde ou modelo”), tendo modelagem por sinónimo. Os neologismos modelização e modelizar não se encontram averbados em nenhum dos dicionários consultados, sendo, no entanto, bastante frequentes em pesquisas na Internet. Essas ocorrências em páginas da Internet parecem apontar para uma ténue distinção entre modelar/modelação (“criar a partir de molde ou modelo”) e modelizar/modelização (“criar modelo”).