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botinha

A forma botinhaé [derivação feminino singular de botabota].

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botabota
|ó| |ó|
( bo·ta

bo·ta

)
Imagem

Calçado que envolve o pé e parte da perna.


nome feminino

1. Calçado que envolve o pé e parte da perna.Imagem

2. [Desporto] [Esporte] Chuteira.

3. [Informal] [Informal] Dificuldade.

4. [Pouco usado] [Pouco usado] Borracha de vinho, saco de couro.

5. [Figurado] [Figurado] Mentirola, tolice, asneira.

6. Pessoa estúpida.

7. Trabalho ruim.

8. [Brasil, Popular] [Brasil, Popular] Coisa ruim, malfeita.


assobia-lhe às botas

Frase irónica com que se increpa a quem deixou perder uma boa ocasião.

bater a bota

[Informal] [Informal] Morrer.

bater as botas

[Informal] [Informal] O mesmo que bater a bota.

bota à Frederico

Bota fina de água.

bota atacada

Borzeguim.

bota de água

Bota impermeável, geralmente de cano alto.Imagem

botas joelheiras

Botas de montar.

descalçar a/aquela/essa/esta/uma bota

[Informal] [Informal] Sair de uma situação complicada; resolver uma dificuldade.

deu uma grande bota

Cometeu um grande erro.

engraxar as botas de alguém

Bajular.

lamber as botas de alguém

Lisonjear demasiadamente.

não bater a bota com a perdigota

[Informal] [Informal] Haver diferenças ou desencontros; não dar ou não estar certo.

não dar a bota com a perdigota

[Informal] [Informal] O mesmo que não bater a bota com a perdigota.

botinhabotinha

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Negocia ou negoceia? Em português de Portugal, a 3ª pessoa do singular do Presente do Indicativo é negocia ou negoceia? Aprendi na escola (portuguesa) e sempre disse negoceia e qual o meu espanto que aqui, na Priberam, aparece o vocábulo negocia na conjugação do verbo. Como no corrector de português de Portugal a expressão Ele negocia não apresenta erro, deduzo que as duas formas estarão correctas. Se por aqui, no Brasil, o termo usado é negocia, pergunto qual o termo que um português deve aplicar.
No português de Portugal é aceite a dupla conjugação do verbo negociar nas formas do presente do indicativo (negocio/negoceio, negocias/negoceias, negocia/negoceia, negociam/negoceiam), do presente do conjuntivo (negocie/negoceie, negocies/negoceies, negocie/negoceie, negociem/negoceiem) e do imperativo (negocia/negoceia, negocie/negoceie, negociem/negoceiem), ao contrário do português do Brasil, que apenas permite a conjugação com a vogal temática -i- e não com o ditongo -ei- (negocio, negocias, etc.).

A mesma diferença de conjugação entre as duas normas do português (europeia e brasileira) apresentam os verbos derivados de negociar (desnegociar, renegociar), bem como os verbos agenciar, cadenciar, comerciar, diligenciar, licenciar, obsequiar e premiar.