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botam

A forma botamé [terceira pessoa plural do presente do indicativo de botarbotar].

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botar1botar1
( bo·tar

bo·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Atirar ou lançar para fora. = DEITAR, EXPULSAR

2. [Informal] [Informal] Deixar ficar algo num lugar ou numa situação (ex.: bota aí o que roubaste). = COLOCAR, PÔRRETIRAR, TIRAR

3. [Informal] [Informal] Colocar uma peça de vestuário ou um acessório (ex.: botou o chapéu na cabeça). = PÔRRETIRAR, TIRAR

4. Atribuir algo a alguém (ex.: botou as culpas no mais fraco).


verbo transitivo e pronominal

5. [Informal] [Informal] Levar ou levar-se até um lugar ou uma situação (ex.: botou o caso nos jornais; botou-se em sarilhos). = COLOCAR, PÔR


verbo transitivo e intransitivo

6. Expelir ovos. = PÔR


verbo intransitivo

7. Dar flor ou fruto; florescer ou frutificar.


verbo pronominal

8. [Informal] [Informal] Partir para outro sítio (ex.: botou-se para o estrangeiro para fugir à justiça). = IR-SE

9. [Informal] [Informal] Atirar-se, lançar-se (ex.: botou-se aos pés dele, pedindo perdão).


verbo auxiliar

10. [Informal] [Informal] Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, para indicar início da acção (ex.: botaram a fugir; botou-se a correr). = COMEÇAR, PÔR-SE


botar para derreter

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] O mesmo que botar para quebrar.

botar para foder

[Brasil, Calão] [Brasil, Tabuísmo] O mesmo que botar para quebrar.

botar para jambrar

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] O mesmo que botar para quebrar.

botar para quebrar

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Agir ou decidir de forma dinâmica e enérgica.

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Transformar muito um estado de coisas ou uma actividade. = REVOLUCIONARCONSERVAR, MANTER

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ter grande sabedoria ou exigência.

botar para rachar

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] O mesmo que botar para quebrar.

etimologiaOrigem etimológica:francês antigo boter, hoje francês bouter, empurrar para fora.

botar2botar2
( bo·tar

bo·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

[Pouco usado] [Pouco usado] Tornar boto ou rombo; tirar o gume de. = EMBOTAR, REBOTAR

etimologiaOrigem etimológica:boto + -ar.

botar3botar3
( bo·tar

bo·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e intransitivo

[Pouco usado] [Pouco usado] Tirar ou perder a cor ou a vivacidade. = DESBOTAR, ESMAECERAVIVAR

etimologiaOrigem etimológica:redução de desbotar.

botambotam

Auxiliares de tradução

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).