PT
BR
Pesquisar
Definições



banha

A forma banhapode ser [segunda pessoa de banharbanhar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de banharbanhar] ou [nome feminino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
banhabanha
( ba·nha

ba·nha

)


nome feminino

1. Gordura animal, em especial a do porco. = ENXÚNDIA

2. [Culinária] [Culinária] Gordura de porco derretida ao lume, de consistência pastosa, usada na alimentação (ex.: frite a morcela cozida em banha ou azeite).

3. [Por extensão] [Por extensão] Adiposidade do ser humano. (Mais usado no plural.) = GORDURA

4. [Por extensão] [Por extensão] Pomada para dar brilho ao cabelo.


banha da cobra

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Remédio anunciado como a cura para todos os males.

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Conversa ardilosa para enganar alguém. = LÁBIA, MANHA

banha de cobra

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] O mesmo que banha da cobra.

ficar na banha

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ficar muito pobre.

passar banha em

[Brasil: Alagoas] [Brasil: Alagoas] Fazer elogios interesseiros. = BAJULAR

etimologiaOrigem etimológica:origem controversa.

banharbanhar
( ba·nhar

ba·nhar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Dar banho a.

2. Molhar.

3. Correr por meio ou junto de (falando de correntes de água).

4. Derramar.

5. Colorir; inundar.

6. Lamber.


verbo intransitivo

7. Sumir, molhar.


verbo pronominal

8. Tomar banho.

9. Envolver-se.

10. Inundar-se.

11. Deleitar-se.

12. Sumir-se.

banhabanha

Auxiliares de tradução

Traduzir "banha" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.