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baleámos

Será que queria dizer baleamos?

A forma baleámosé [primeira pessoa plural do pretérito perfeito do indicativo de balearbalear].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
balear1balear1
( ba·le·ar

ba·le·ar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e pronominal

1. Atingir com bala, provocando dano, ferimento ou morte (ex.: foi acusado de balear mortalmente o vizinho; baleou-se no pé).


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

2. Que é próprio para dar impulso ou arremessar algo (ex.: funda balear).

etimologiaOrigem etimológica:bala + -ear.
balear2balear2
( ba·le·ar

ba·le·ar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

[Portugal: Beira, Trás-os-Montes] [Portugal: Beira, Trás-os-Montes] Limpar com o baleio o grão nas eiras.

etimologiaOrigem etimológica:baleio + -ar.
balear3balear3
( ba·le·ar

ba·le·ar

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Relativo às ilhas Baleares, arquipélago espanhol do Mediterrâneo.


nome de dois géneros

2. Natural ou habitante das Baleares.

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: BALEÁRICO

etimologiaOrigem etimológica:latim balearis, -e.

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Traduzir "baleámos" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se a palavra bocado pertence à mesma família de palavras de boca.
O substantivo bocado deriva do substantivo boca pela adjunção do sufixo –ado, pelo que se trata de uma palavra da mesma família.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.