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avessa

A forma avessapode ser [feminino singular de avessoavesso], [segunda pessoa singular do imperativo de avessaravessar] ou [terceira pessoa singular do presente do indicativo de avessaravessar].

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avessaravessar
( a·ves·sar

a·ves·sar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

Tornar avesso.

avessoavesso
|ê| |ê|
( a·ves·so

a·ves·so

)


adjectivoadjetivo

1. Que é contra ou que discorda. = AVERSO, CONTRÁRIO, HOSTILFAVORÁVEL

2. Oposto ao que deve ser.

3. Mau.


nome masculino

4. Lado oposto ao dianteiro ou ao principal. = CONTRÁRIO, ENVESSO, REVERSO

5. O que tem sentimentos diferentes de outrem.

6. Aquilo que tem ou mostra a maior diferença possível em relação a outra coisa. = CONTRÁRIO, INVÉS, OPOSTO, REVERSO

7. Lado mau.


nome feminino

8. [Portugal] [Portugal] [Viticultura] [Viticultura] Casta de uva branca cultivada na região portuguesa do Douro.


do avesso

Com o lado destinado ao interior virado para fora (ex.: vestiu a camisola do avesso). = AO CONTRÁRIO

Em estado de grande confusão ou alteração (ex.: a casa ficou do avesso; ele está completamente do avesso).

virar do avesso

Pôr uma peça de roupa com o lado destinado ao interior para fora.

Procurar ou analisar de modo exaustivo.

virar pelo avesso

O mesmo que virar do avesso.

etimologiaOrigem etimológica:latim aversus, -a, -um, particípio passado de averto, -ere, afastar, remover, tirar, roubar.

avessaavessa

Auxiliares de tradução

Traduzir "avessa" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Gostaria de saber qual a pronúncia correcta de periquito?
Ao contrário da ortografia, que é regulada por textos legais (ver o texto do Acordo Ortográfico), não há critérios rigorosos de correcção linguística no que diz respeito à pronúncia, e, na maioria dos casos em que os falantes têm dúvidas quanto à pronúncia das palavras, não se trata de erros, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto, sociolecto ou mesmo idiolecto do falante. O que acontece é que alguns gramáticos preconizam determinadas indicações ortoépicas e algumas obras lexicográficas contêm indicações de pronúncia ou até transcrições fonéticas; estas indicações podem então funcionar como referência, o que não invalida outras opções que têm de ser aceites, desde que não colidam com as relações entre ortografia e fonética e não constituam entraves à comunicação.

A pronúncia que mais respeita a relação ortografia/fonética será p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal central fechada (denominada muitas vezes “e mudo”), presente, no português europeu, em de, saudade ou seminu. Esta é a opção de transcrição adoptada pelo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa e do Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora. Há, no entanto, outro fenómeno que condiciona a pronúncia desta palavra, fazendo com que grande parte dos falantes pronuncie p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal anterior fechada, presente em si, minuta ou táxi. Trata-se da assimilação (fenómeno fonético que torna iguais ou semelhantes dois ou mais segmentos fonéticos diferentes) do som [i] de p[i]riquito pelo som [i] de per[i]qu[i]to.

A dissimilação, fenómeno mais frequente em português e inverso da assimilação, é tratada na resposta pronúncia de ridículo, ministro ou vizinho.