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abordardes

A forma abordardespode ser [segunda pessoa plural do futuro do conjuntivo de abordarabordar] ou [segunda pessoa plural infinitivo flexionado de abordarabordar].

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abordarabordar
( a·bor·dar

a·bor·dar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e intransitivo

1. [Náutica] [Náutica] Aproximar-se da borda de outra embarcação, efectuar abordagem, geralmente para a abalroar ou assaltar.

2. [Náutica] [Náutica] Chegar a um porto ou a um cais. = ACOSTAR, APORTAR, ATRACAR


verbo transitivo

3. [Náutica] [Náutica] Chegar a bordo.

4. Chegar perto de alguém para lhe dirigir a palavra (ex.: abordou o indivíduo e perguntou-lhe o que fazia ali). = ABEIRAR-SE, ACERCAR-SE, APROXIMAR-SE

5. Tratar como objecto ou assunto (ex.: abordei a questão, mas não quis aprofundar). = VERSAR

etimologiaOrigem etimológica: a- + borda + -ar.
abordardesabordardes

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Dúvidas linguísticas



Pontapé: esta palavra é composta por justaposição ou por aglutinação?
A palavra pontapé é composta por justaposição.

De facto, é possível identificar neste vocábulo as palavras distintas que lhe deram origem – os substantivos ponta e – sem que nenhuma delas tenha sido afectada na sua integridade fonológica (em alguns casos pode haver uma adequação ortográfica para manter a integridade fonética das palavras simples, como em girassol, composto de gira + s + sol. Se não houvesse essa adequação, a palavra seria escrita com um s intervocálico (girasol) a que corresponderia o som /z/ e as duas palavras simples perderiam a sua integridade fonética e tratar-se-ia de um composto aglutinado). Daí a denominação de composto por justaposição, uma vez que as palavras apenas se encontram colocadas lado a lado, com ou sem hífen (ex.: guarda-chuva, passatempo, pontapé).

O mesmo não se passa com os compostos por aglutinação, como pernalta (de perna + alta), por exemplo, cujos elementos se unem de tal modo que um deles sofre alterações na sua estrutura fonética. No caso, o acento tónico de perna subordina-se ao de alta, com consequências, no português europeu, na qualidade vocálica do e, cuja pronúncia /é/ deixa de ser possível para passar à vogal central fechada (idêntica à pronúncia do e em se). Note-se ainda que as palavras compostas por aglutinação nunca se escrevem com hífen.

Sobre este assunto, poderá ainda consultar o cap. 24 da Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira MATEUS, Ana Maria BRITO, Inês DUARTE, Isabel Hub FARIA et al. (5.ª ed., Editorial Caminho, Lisboa, 2003), especialmente as pp. 979-980.




Vi hoje na TV (RTP 1 - Falar bem português) que maçapão se escreve com ç e não com ss. No vosso dicionário on-line aparece com o mesmo significado escrito das duas maneiras. Está correcto ou a RTP 1 está errada?
Os dicionários de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, o Dicionário Houaiss ou o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, registam ambas as variantes gráficas (massapão e maçapão). No entanto, de acordo com o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, a variante maçapão deve ser preferível à variante massapão, porque se trata de palavra com origem no castelhano mazapán, que por sua vez derivaria do árabe, o que prescreveria a grafia com ç e não com s duplo.