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tradição

bel canto | loc.

Escola ou técnica de canto de tradição italiana, desenvolvida em especial desde o final do século XVII até ao século XIX, que se baseia no virtuosismo vocal e no controlo sobre uma longa extensão vocal....


Relativo a enoturismo ou a turismo que se baseia na apreciação do vinho nas regiões que o produzem e na história, cultura e tradições associadas (ex.: potencial enoturístico da região; roteiro enoturístico)....


arturiano | adj.

Relativo à tradição literária transnacional, de origem medieval, que tornou célebre o rei Artur e a sua corte lendária, nomeadamente os chamados Cavaleiros da Távola Redonda (ex.: lendas arturianas; mito arturiano; romances arturianos)....


saga | n. f.

Tradição histórica ou mitológica dos escandinavos....


facanito | n. m.

Personagem diabólica de pequena estatura, semelhante aos caretos e geralmente representada por uma criança, comum em algumas zonas do Norte de Portugal (ex.: a tradição diz que os facanitos se alimentam de aço moído)....


candomblecista | adj. 2 g. | n. 2 g.

Relativo ao candomblé (ex.: tradição candomblecista)....


cultura | n. f.

Acto, modo ou efeito de cultivar....


judas | n. m. 2 núm.

Boneco, geralmente de palha, que por tradição é queimado publicamente no sábado de Aleluia, em algumas localidades....


jeovismo | n. m.

Tradição religiosa descrita no Antigo Testamento....


templário | n. m. | adj.

Relativo à Ordem dos Templários (ex.: cruz templária, tradição templária)....


teomitia | n. f.

Conjunto ou sistema dos dogmas antigos que se conservam por tradição....


enoturismo | n. m.

Turismo que se baseia na apreciação do vinho nas regiões que o produzem e da história, cultura e tradições dessas regiões....


deuterose | n. f.

Representação ou reprodução de uma coisa qualquer....


folclore | n. m.

Ciência das tradições e usos populares....


folclorista | adj. 2 g. | n. 2 g.

Que se entrega ao estudo do folclore....



Dúvidas linguísticas



Seríssimo ou seriíssimo?
Ambas as formas seríssimo e seriíssimo podem ser consideradas correctas como superlativo absoluto sintético do adjectivo sério.

O superlativo absoluto sintético simples, isto é, o grau do adjectivo que exprime, através de uma só palavra, o elevado grau de determinado atributo, forma-se pela junção do sufixo -íssimo ao adjectivo (ex.: altíssimo).

No caso de grande número de adjectivos terminados em -eio e em -io, a forma gerada apresenta geralmente dois ii, um pertencente ao adjectivo, o outro ao sufixo (ex.: cheiíssimo, feiíssimo, maciíssimo, vadiíssimo).

Há alguns adjectivos, porém, como sério, que podem gerar duas formas de superlativo absoluto sintético: seriíssimo ou seríssimo. No entanto, como é referido por Celso Cunha e Lindley Cintra na sua Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 260), parece haver uma maior aceitação das formas com apenas um i: “Em lugar das formas superlativas seriíssimo, necessariíssimo e outras semelhantes, a língua actual prefere seríssimo, necessaríssimo, com um só i”. O mesmo sucede com necessário, ordinário, precário ou sumário, por exemplo.




Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.


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