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assimilação

A forma assimilaçãopode ser [derivação feminino singular de assimilarassimilar] ou [nome feminino].

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assimilaçãoassimilação
( as·si·mi·la·ção

as·si·mi·la·ção

)


nome feminino

1. Acto ou efeito de assimilar.

2. [Bioquímica] [Bioquímica] Transformação dos alimentos, após a digestão, em substância incorporada nas células.

3. Alteração de uma letra por outra que lhe fica próxima.

4. Alteração de uma palavra por falsa etimologia.

5. Compenetração.

6. Apropriação de ideias ou sentimentos alheios.

7. [Sociologia] [Sociologia] Processo de interpretação e fusão de culturas (tradições, sentimentos, modos de vida) num tipo cultural comum.

etimologiaOrigem etimológica:latim assimilatio, -onis ou assimulatio, -onis, simulação.

assimilarassimilar
( as·si·mi·lar

as·si·mi·lar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e pronominal

1. Tornar ou ficar semelhante ou similar (ex.: tentou assimilar os procedimentos; os dois casos assimilam-se muito). = ASSEMELHAR

2. Transformar ou transformar-se no próprio ou noutro organismo, na própria substância ou noutra substância (ex.: o organismo assimila os nutrientes contidos nos alimentos; os dois componentes não se assimilaram). = INCORPORAR


verbo transitivo

3. Absorver e integrar um hábito, um costume, uma técnica ou outra forma de conhecimento (ex.: depois de uns meses, já assimilara os usos da terra). = APREENDER

4. Alterar uma letra ou um som por influência de outro que está próximo (ex.: no português do Brasil, o -n- de amnistia assimilou o -m-).

etimologiaOrigem etimológica:latim assimilo, -are ou assimulo, -are, simular, reproduzir, fingir, tornar semelhante, comparar.

assimilaçãoassimilação

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Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.