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sobrevivo-me

supérstite | adj. 2 g.

Que sobrevive (ex.: cônjuge supérstite)....


malmente | adv.

Com dificuldade ou a custo (ex.: o salário dava para a família sobreviver malmente)....


superveniente | adj. 2 g.

Que sobrevém, que vem depois de outra coisa (ex.: este facto superveniente e inesperado veio alterar o que estava previsto)....


ganho-ganho | n. m.

Serviço prestado em regime informal ou de curta duração, em troca de dinheiro ou alimentos (ex.: alguns cidadãos sobrevivem à base do ganho-ganho)....


crache | n. m.

Descida súbita e generalizada do preço das acções em bolsa (ex.: sobreviveu a mais um crache bolsista)....


robinsonada | n. f.

História de aventuras estranhas e surpreendentes, como as de Robinson Crusoe, náufrago que sobreviveu durante anos numa remota ilha deserta (ex.: o filme é uma robinsonada)....


zunga | n. f.

Venda ambulante (ex.: a zunga foi a solução que encontraram para sobreviver)....


quionófilo | adj. n. m.

Que ou organismo que está adaptado para sobreviver a invernos rigorosos, mais especificamente em ambientes com neve (ex.: pastos quionófilos; vegetação quionófila; comunidade de quionófobos)....


acumular | v. tr. | v. pron.

Amontoar em cúmulo....


escapar | v. intr. | v. pron.

Ficar livre; ficar isento....


restar | v. intr. | v. tr.

Ficar; sobreviver; subsistir....


sobrevir | v. intr.

Vir, ocorrer, suceder, acontecer (logo depois de outro sucesso)....


transpor | v. tr. | v. pron.

Passar além de ou por cima de....


Pensamento de Horácio que significa que o escritor não morrerá de todo, pois parte da obra há-de sobreviver....


sobreexistir | v. tr.

Continuar a existir depois de alguém ou de alguma coisa....


trealose | n. f.

Molécula capaz de manter a sua forma depois de o conteúdo total de água ter sido renovado. (Existe nas plantas resistentes à falta de água e permite que sobrevivam, mantendo a sua forma.)...



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se "frigidíssimo" é superlativo absoluto sintético de "frio".
Os adjectivos frio e frígido têm em comum o superlativo absoluto sintético frigidíssimo, pois provêm ambos do étimo latino frigidus.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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