PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

sobreviveriam

supérstite | adj. 2 g.

Que sobrevive (ex.: cônjuge supérstite)....


malmente | adv.

Com dificuldade ou a custo (ex.: o salário dava para a família sobreviver malmente)....


superveniente | adj. 2 g.

Que sobrevém, que vem depois de outra coisa (ex.: este facto superveniente e inesperado veio alterar o que estava previsto)....


ganho-ganho | n. m.

Serviço prestado em regime informal ou de curta duração, em troca de dinheiro ou alimentos (ex.: alguns cidadãos sobrevivem à base do ganho-ganho)....


crache | n. m.

Descida súbita e generalizada do preço das acções em bolsa (ex.: sobreviveu a mais um crache bolsista)....


robinsonada | n. f.

História de aventuras estranhas e surpreendentes, como as de Robinson Crusoe, náufrago que sobreviveu durante anos numa remota ilha deserta (ex.: o filme é uma robinsonada)....


zunga | n. f.

Venda ambulante (ex.: a zunga foi a solução que encontraram para sobreviver)....


quionófilo | adj. n. m.

Que ou organismo que está adaptado para sobreviver a invernos rigorosos, mais especificamente em ambientes com neve (ex.: pastos quionófilos; vegetação quionófila; comunidade de quionófobos)....


acumular | v. tr. | v. pron.

Amontoar em cúmulo....


escapar | v. intr. | v. pron.

Ficar livre; ficar isento....


restar | v. intr. | v. tr.

Ficar; sobreviver; subsistir....


sobrevir | v. intr.

Vir, ocorrer, suceder, acontecer (logo depois de outro sucesso)....


transpor | v. tr. | v. pron.

Passar além de ou por cima de....


Pensamento de Horácio que significa que o escritor não morrerá de todo, pois parte da obra há-de sobreviver....


sobreexistir | v. tr.

Continuar a existir depois de alguém ou de alguma coisa....


trealose | n. f.

Molécula capaz de manter a sua forma depois de o conteúdo total de água ter sido renovado. (Existe nas plantas resistentes à falta de água e permite que sobrevivam, mantendo a sua forma.)...



Dúvidas linguísticas



A minha dúvida é relativa ao novo Acordo Ortográfico: gostava que me esclarecessem porque é que "lusodescendente" escreve-se sem hífen e "luso-brasileiro", "luso-americano" escreve-se com hífen. É que é um pouco difícil de se compreender, e já me informei com algumas pessoas que não me souberam dizer o porquê de ser assim. Espero uma resposta de vossa parte com a maior brevidade possível.
Não há no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 uma diferença clara entre as palavras que devem seguir o disposto na Base XV e o disposto na Base XVI. Em casos como euroafricano/euro-africano, indoeuropeu/indo-europeu ou lusobrasileiro/luso-brasileiro (e em outros análogos), poderá argumentar-se que se trata de "palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido" (Base XV) para justificar o uso do hífen. Por outro lado, poderá argumentar-se que não se justifica o uso do hífen uma vez que se trata de "formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e de formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.)" (Base XVI).

Nestes casos, e porque afro-asiático, afro-luso-brasileiro e luso-brasileiro surgem no texto legal como exemplos da Base XV, a Priberam aplicou a Base XV, considerando que "constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido". Trata-se de uma estrutura morfológica de coordenação, que estabelece uma relação de equivalência entre dois elementos (ex.: luso-brasileiro = lusitano e brasileiro; sino-japonês = chinês e japonês).

São, no entanto, excepção os casos em que o primeiro elemento não é uma unidade sintagmática e semântica e se liga a outro elemento análogo, não podendo tratar-se de justaposição (ex.: lusófono), ou quando o primeiro elemento parece modificar o valor semântico do segundo elemento, numa estrutura morfológica de subordinação ou de modificação, que equivale a uma hierarquização dos elementos (ex.:  eurodeputado = deputado [que pertence ao parlamento europeu]; lusodescendente = descendente [que provém de lusitanos]).

É necessário referir ainda que o uso ou não do hífen nestes casos não é uma questão nova na língua portuguesa e já se colocava antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Em diversos dicionários e vocabulários anteriores à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 já havia práticas ortográficas que distinguiam, tanto em Portugal como no Brasil, o uso do hífen entre euro-africano (sistematicamente com hífen) e eurodeputado (sistematicamente sem hífen).




Qual é o plural de porta-voz?
De acordo com a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (p. 188), quando uma palavra hifenizada é composta por um verbo e um substantivo, apenas este último adquire a flexão do plural. Assim, o plural de porta-voz é porta-vozes, tal como o plural de guarda-chuva é guarda-chuvas e o de beija-flor é beija-flores.

Ver todas