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industrializar

ludita | n. 2 g. | adj. 2 g.

Membro do movimento inglês do final do século XIX que se opunha à mecanização e à industrialização....


ludismo | n. m.

Movimento inglês do final do século XIX que se opunha à mecanização e à industrialização....


luddismo | n. m.

Movimento inglês do final do século XIX que se opunha à mecanização e à industrialização....


rama | n. f.

Conjunto dos ramos e folhagem de uma árvore ou arbusto....


revolução | n. f.

Marcha circular de um corpo celeste no espaço, em torno de um outro....


reindustrializar | v. tr. e pron.

Tornar ou tornar-se novamente industrial; retomar a indústria (ex.: no pós-guerra, o governo quis reindustrializar o país; a região reindustrializou-se)....


industrializante | adj. 2 g.

Que industrializa ou que promove a industrialização (ex.: gestão industrializante; impulso industrializante)....


industrializador | adj. n. m.

Que ou quem industrializa ou promove a industrialização (ex.: processo industrializador; o empresário foi o principal industrializador da região)....


Que se industrializou ou que sofreu processo de industrialização (ex.: produto industrializado; região industrializada)....


industrializar | v. tr. e pron.

Tornar ou tornar-se industrial (ex.: o empresário quer industrializar o produto; a produção está a industrializar-se)....


industrializável | adj. 2 g.

Que se pode industrializar (ex.: produto industrializável; tecnologia industrializável)....



Dúvidas linguísticas



Negocia ou negoceia? Em português de Portugal, a 3ª pessoa do singular do Presente do Indicativo é negocia ou negoceia? Aprendi na escola (portuguesa) e sempre disse negoceia e qual o meu espanto que aqui, na Priberam, aparece o vocábulo negocia na conjugação do verbo. Como no corrector de português de Portugal a expressão Ele negocia não apresenta erro, deduzo que as duas formas estarão correctas. Se por aqui, no Brasil, o termo usado é negocia, pergunto qual o termo que um português deve aplicar.
No português de Portugal é aceite a dupla conjugação do verbo negociar nas formas do presente do indicativo (negocio/negoceio, negocias/negoceias, negocia/negoceia, negociam/negoceiam), do presente do conjuntivo (negocie/negoceie, negocies/negoceies, negocie/negoceie, negociem/negoceiem) e do imperativo (negocia/negoceia, negocie/negoceie, negociem/negoceiem), ao contrário do português do Brasil, que apenas permite a conjugação com a vogal temática -i- e não com o ditongo -ei- (negocio, negocias, etc.).

A mesma diferença de conjugação entre as duas normas do português (europeia e brasileira) apresentam os verbos derivados de negociar (desnegociar, renegociar), bem como os verbos agenciar, cadenciar, comerciar, diligenciar, licenciar, obsequiar e premiar.




Eu sou intercambista australiano no Brasil e estou mandando esse email para saber um pouco das diferenças entre o português de Portugal e o português do Brasil. Por exemplo, vocês aí falam você ou tu? Eu só quero saber sobre algumas diferenças assim.
Comecemos pela questão das formas de tratamento você e tu: em Portugal, você é usado como tratamento entre pessoas de mesmo nível, ou de superior para inferior. Recentemente, você também vem sendo usado como forma familiar de tratamento, uso considerado fino e, por vezes, afectado. Tu é a forma familiar de tratamento generalizada em Portugal.

Quanto às diferenças entre as variedades do português de Portugal (PT) e do português do Brasil (PB), elas são muitas e variadas. Eis apenas algumas:

Nível ortográfico
- supressão de consoantes mudas (as que não são pronunciadas) no português do Brasil: fator, ótimo (PB) / factor, óptimo (PT) [algumas destas diferenças são anuladas pelo Acordo Ortográfico de 1990];
- uso do trema no português do Brasil, sinal abolido em Portugal desde 1946, sobre o u de -qu- e -gu-, antes de e ou i, quando o u é pronunciado: agüentar, antiqüíssimo (PB) / aguentar, antiquíssimo (PT) [diferença anulada pelo Acordo Ortográfico de 1990];
- em palavras esdrúxulas e algumas graves (terminadas em -n, -r, -s ou -x), antes de -m- ou -n-, as vogais -e- e -o- são acentuadas de forma diferente nas duas variedades, o que reflecte pronúncias diversas: quilômetro, gêmeo, tênis, ônix (PB) / quilómetro, gémeo, ténis, ónix (PT);
- diferente acentuação também nas terminações -eica e -oo assembléia, vôo (PB) / assembleia, voo (PT) [diferença anulada pelo Acordo Ortográfico de 1990] –, bem como em alguns aportuguesamentos – caratê, sumô (PB) / caraté, sumo (PT).
O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa regista muitas destas variantes ortográficas.

Nível fonético
A diferença mais audível entre as duas variantes é a qualidade das vogais, que são geralmente mais elevadas e fechadas no português de Portugal quando não são tónicas – por exemplo, coluna lê-se c[ó]lun[á] (PB) / c[u]lun[a] (PT). Há ainda pronúncias tipicamente brasileiras que introduzem o som [i] entre duas consoantes – por exemplo, captura e pneu lêem-se cap[i]tura e p[i]neu (PB) / ca[pt]ura, [pn]eu (PT).

Nível morfológico
No português de Portugal o uso de contracções é mais frequente do que no português do Brasil: “O artigo foi publicado em um jornal” (PB) / “O artigo foi publicado num jornal” (PT).

Nível sintáctico
- o uso do gerúndio é preferencial no português do Brasil: “Ele está escrevendo um romance” (PB) / “Ele está a escrever um romance” (PT);
- a utilização de artigo antes de pronome possessivo é preferencial no português de Portugal: “Vendi meu carro.” (PB) / “Vendi o meu carro.” (PT);
- os clíticos no português do Brasil ocorrem preferencialmente antes do verbo e não depois, como é mais comum no português de Portugal: “Ele se sentiu mal após o almoço” (PB) / “Ele sentiu-se mal após o almoço” (PT).

Nível semântico e lexical
As diferenças a este nível são inúmeras, seja pela influência das línguas indígenas, que estão na origem de muitos brasileirismos (ex.: guri, mingau), seja pelo diferente uso das mesmas palavras (ex: banheiro, no Brasil, significa wc e, em Portugal, significa salva-vidas).

Bibliografia útil:

Mateus, Maria Helena Mira, “Português europeu e português brasileiro: duas variedades nacionais da língua portuguesa” in Maria Helena Mira Mateus et alii, (orgs.), (2003), Gramática da Língua Portuguesa, 5.ª ed., Lisboa: Caminho, pp. 45-51.
Teyssier, Paul, Manual de Língua Portuguesa (Portugal-Brasil), Coimbra: Coimbra Editora, 1989.
Villar, Mauro, Dicionário Contrastivo Luso-Brasileiro, Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1989.


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