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incorpora

Diz-se da língua em que os principais elementos da oração se podem incorporar num só vocábulo....


Que foi objecto de incorporação....


Que incorpora ou promove incorporação....


diluente | adj. 2 g. | n. m.

Líquido volátil incorporado nas pinturas e verniz para obter as características de aplicação requeridas....


Incorporação de algum domínio nos haveres da Santa Sé....


provença | n. f.

Dinheiro e víveres que as câmaras adiantavam aos recrutas até se incorporarem nos regimentos....


socialismo | n. m.

Sistema daqueles que querem transformar a sociedade pela incorporação dos meios de produção na comunidade, pelo regresso dos bens e propriedades particulares à colectividade, e pela repartição, entre todos, do trabalho comum e dos objectos de consumo....


anabolismo | n. m.

Transformação dos alimentos, após a digestão, em substância incorporada nas células....


Transformação dos alimentos, após a digestão, em substância incorporada nas células....


isqueiro | n. m.

Acendedor, eléctrico ou a gás, geralmente incorporado em fogões ou esquentadores....


Empresa que se ocupa de um conjunto de actividades para construir e promover edifícios ou conjuntos de edifícios e comercializar as suas fracções; empresa que faz incorporação imobiliária....


sorção | n. f.

Processo ou fenómeno pelo qual uma substância é se incorpora numa superfície ou através de uma superfície, por oposição à dessorção....


Acto ou efeito de incorporar; reunião; junção....


Acto ou efeito de se incorporar num léxico, de se lexicalizar (ex.: lexicalização de uma sigla)....


fantástico | adj. | n. m.

Género artístico que incorpora elementos de fantasia, sobrenaturais ou irreais, à realidade (ex.: autor de culto do domínio do fantástico; o fantástico no cinema de animação)....


integração | n. f.

Adaptação, incorporação de um indivíduo ou grupo externo numa comunidade, num meio....


losanja | n. f. | n. f. pl.

Preparação farmacêutica com diferentes substâncias incorporadas por uma substância glutinosa....


microformato | n. m.

Formatação simples de dados que pode ser incorporada numa página da Internet, usada para adicionar informações específicas e melhorar a legibilidade automática....


incorporador | adj. | adj. n. m.

Que incorpora ou promove incorporação....



Dúvidas linguísticas



Apesar de ter lido as várias respostas sobre o assunto, ainda me restam duas dúvidas quanto ao hífen: carbo-hidrato ou carboidrato? Uma vez que contra-ataque tem hífen, o correto é escrever contra-indicação em vez de contraindicação?
A aposição prefixal de elementos de composição de palavras começadas por h suscita geralmente dúvidas, devido ao facto de as regras para a manutenção ou elisão do h não serem coerentes nem inequívocas.

Se com alguns elementos de formação o h se mantém (sempre antecedido de hífen, como em anti-higiénico, co-herdeiro ou sobre-humano), com outros, como é o caso de carbo-, a remoção do h é permitida. Sendo assim, e seguindo os critérios da tradição lexicográfica, deverá grafar-se carboidrato e não carbo-hidrato.

Segundo o Acordo Ortográfico de 1945, o elemento de composição contra- apenas se hifeniza quando precede elemento começado por vogal, h, r ou s (ex.: contra-argumento, contra-indicação, contra-harmónico, contra-reforma, contra-senha).

Com a aplicação do novo Acordo Ortográfico de 1990 (ver base II e base XVI), o elemento de composição contra- apenas se hifeniza quando precede elemento começado por h ou por a, a mesma vogal em que termina (ex.: contra-harmónico, contra-argumento), aglutinando-se nos restantes casos, havendo duplicação da consoante quando o elemento seguinte começa por r ou s (ex.: contraindicação, contrarreforma, contrassenha).




Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.


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