PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

frase

canónico | adj.

Que segue a estrutura mais usual ou mais neutra na língua (ex.: a ordem canónica dos elementos da frase em português é sujeito-verbo-objecto)....


Com que se interpela ou com que se chama a atenção daquele que o orador interpela (ex.: discurso compelativo, frase compelativa)....


e | conj. coord.

Usa-se para ligar por coordenação constituintes ou frases (ex.: comprou uma camisa e uma saia; bandeira azul e branca; entrou e saiu)....


Que é estranho ou pouco convencional (ex.: frases esquipáticas)....


farfalhudo | adj.

Que é forçado ou pouco natural; que demonstra afectação (ex.: estilo farfalhudo; frase farfalhuda)....


gerativo | adj.

Que é capaz de gerar o conjunto infinito das frases de uma língua por meio da aplicação de um conjunto finito de regras....


generativo | adj.

Que é capaz de gerar o conjunto infinito das frases de uma língua por meio da aplicação de um conjunto finito de regras....


gramatical | adj. 2 g.

Que é conforme às regras da gramática (ex.: frase gramatical)....


impessoal | adj. 2 g.

Que não tem sujeito (ex.: frase impessoal)....


justaposto | adj.

Que se liga a outra frase sem uso de conjunção (ex.: oração justaposta)....


| adv. | conj. coord.

Emprega-se como conjunção coordenativa disjuntiva, no início de duas frases seguidas ou de dois constituintes de frase seguidos, indicando alternativa (ex.: o governo parecia muito instável, já os ministros pareciam unidos, já daí a pouco ameaçavam demissão)....


participial | adj. 2 g.

Relativo a ou cujo verbo está no particípio (ex.: forma participial; frase participial)....


Que só se usa no princípio da frase....


Diz-se das línguas em que as diversas partes da frase se contraem numa espécie de abreviatura feita com uma só palavra comprida....


quão | adv. | conj.

Indica grau ou intensidade, em frases interrogativas (ex.: quão dispendioso é?)....


ramalhudo | adj.

Diz-se do discurso em que abundam mais frases empoladas do que ideias....


frásico | adj.

Relativo ou pertencente à frase (ex.: construção frásica)....


Que é relativo à classe morfológica das palavras e à sua função na frase (ex.: análise morfossintáctico)....


frasal | adj. 2 g.

Relativo a frase (ex.: estrutura frasal)....



Dúvidas linguísticas



Qual a forma correcta: perda de tempo ou perca de tempo?
As formas perda e perca são sinónimas, e encontram-se registadas como tal, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves (Coimbra Editora, 1966) e em dicionários como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências/Verbo, 2001) ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002).

No entanto, a forma preferencial é perda, uma vez que a variante perca tem origem mais popular, devendo ser utilizada apenas em contextos mais informais.




Seria possível esclarecerem-me quanto à seguinte dúvida? Diz-se impresso / imprimido? E morto / morrido / matado?
Sei que só se pode usar cada uma das conjugações com uma forma dos verbos ser / estar / ter (este último não tenho a certeza). Com quais formas posso usar? Qual a regra gramatical?
Apesar de desconhecida por grande parte dos falantes, existe uma regra da gramática tradicional que estipula que os particípios irregulares (ex.: impresso, morto, pago, salvo) devem ser utilizados com os verbos ser e estar (ex.: o documento foi impresso e ele foi morto) e os regulares (geralmente terminados em -ado ou -ido) com os verbos ter e haver (ex.: ela tinha imprimido o documento e ele disse que tinha matado o coelho). Citando Lindley Cintra e Celso Cunha, “de regra, a forma regular emprega-se na constituição dos tempos compostos da VOZ ACTIVA, isto é, acompanhada dos auxiliares ter ou haver; a irregular usa-se, de preferência, na formação dos tempos da VOZ PASSIVA, ou seja acompanhada do auxiliar ser.” *

No entanto, verifica-se uma tendência para o uso exclusivo de uma das formas do particípio, como é o caso de pago, ganho, gasto e entregue, que se utilizam com qualquer um dos verbos auxiliares, em detrimento da existência de formas participiais regulares (ex.: tinha entregue a encomenda, eles têm gasto muito dinheiro, etc.).

Existe uma falta de concordância entre obras lexicográficas no que diz respeito a esta questão. Se há autores que registam certos verbos como detentores de duplos particípios, outros, para os mesmos verbos, registam apenas as formas regulares. É o caso, por exemplo, de exaurir. Alguns autores referem exausto e exaurido como particípio de exaurir, mas outros registam apenas a segunda forma.

No que diz respeito aos particípios morto, morrido e matado, estes não são todos referentes ao mesmo verbo. Morto e matado são particípios de matar (ex.: ele foi morto pelo exército inimigo e ela tinha matado a mosca); morrido é particípio de morrer (ex.: tinha morrido há mais de dois anos).

* Cunha, Celso, Lindley Cintra, Nova Gramática do Português, 14.ª ed., Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 441. A regra prevê, no entanto, excepções, como no caso do verbo imprimir: “Imprimir possui duplo particípio quando significa «estampar», «gravar». Na acepção de «produzir movimento», «infundir», usa-se apenas o particípio em -ido. Dir-se-á, por exemplo: Este livro foi impresso em Portugal. Mas, por outro lado: Foi imprimida enorme velocidade ao carro." (Celso Cunha & Lindley Cintra, Op. cit., p. 442).


Ver todas