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entreverão

arranjinho | n. m.

Combinação para entrevista amorosa....


caloji | n. m.

Quarto escuro para entrevistas amorosas....


concelho | n. m.

Subdivisão do distrito administrativo composta de uma ou mais freguesias....


fugitivo | adj. | n. m.

Que foge ou fugiu....


painel | n. m.

Conjunto de pessoas que, reunidas publicamente, discutem, deliberam e respondem a perguntas sobre determinados tópicos (ex.: o painel reunido integra nomes importantes da área)....


entrevistado | adj. n. m.

Diz-se de uma pessoa submetida a uma entrevista....


redor | n. m.

Espaço circundante (ex.: os meninos não saiam do redor da bicicleta; havia muitas pastagens no redor da montanha)....


próximo | adj. | n. m. | adv.

Que está perto....


epitexto | n. m.

Conjunto de textos que acompanham o texto de uma obra, mas que não fazem parte dela (ex.: o epitexto desta edição inclui uma entrevista e outros documentos)....


abispar | v. tr. | v. pron.

Ver a custo....


aventar | v. tr. | v. tr. e pron. | v. intr. | v. intr. e pron.

Atirar ou pôr ao ar (ex.: aventar o grão, para que o vento o limpe)....


avistar | v. tr. | v. pron.

Conseguir ver ao longe....


bispar | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Avistar ou ver a custo....


degravar | v. tr.

Passar para escrito uma gravação feita em suporte magnético ou digital; fazer a transcrição (ex.: falta degravar a entrevista)....


desenhar | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Fazer o desenho de....



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Qual a escrita correcta para o planeta? Urano ou Úrano?
Os vocabulários tidos como as maiores referências para o português europeu (Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves e Grande Vocabulário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado) registam apenas a forma Úrano, referindo Rebelo Gonçalves que a forma Urano, apesar de corrente, “é inexacta”. Esta indicação deve-se à forma latina Uranus, em que o U da antepenúltima sílaba é uma vogal longa (sendo o -a- da penúltima sílaba uma vogal breve), o que corresponde geralmente a uma palavra esdrúxula em português.

No entanto, parece ter havido uma regularização da acentuação da palavra (em português, o padrão mais regular de acentuação é o das palavras graves, isto é, acentuadas na penúltima sílaba), e é de facto muito corrente a forma Urano, inclusivamente com registo em dicionários. Por este motivo, e apesar de a forma Úrano ser a preferida pelos autores mais puristas, pode hoje considerar-se aceitável também a forma Urano.


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