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engoli

disfagia | n. f.

Dificuldade de engolir (ex.: o doente mantém disfagia para sólidos)....


saliva | n. f.

Humor aquoso e um tanto viscoso que humedece a boca; cuspo....


acará | n. m.

Pedaço de algodão ardente que, nos rituais do candomblé, é engolido para confirmação da presença do orixá....


engolideiras | n. f. pl.

Espaço entre a boca e a laringe....


chuinga | n. f. ou m.

Pequena guloseima mastigável, que não é para engolir, aromatizada, de consistência pegajosa e elástica, feita geralmente de chicle....


goleta | n. f.

Quantidade de líquido que se engole de uma vez....


golada | n. f.

Grande quantidade de líquido que se engole de uma vez....


goela | n. f.

Espaço que antecede imediatamente a laringe dos mamíferos....


gole | n. m.

Quantidade de líquido que se ingere de uma vez....


tragante | adj. 2 g. | n. m. pl.

Nome dado, em armaria, às duas cabeças de dragão, serpe ou leão, que se pintam ou gravam no escudo, como engolindo uma banda ou uma contrabanda....


pílula | n. f.

Medicamento em forma aproximada à de uma pequena bola....


trampolinice | n. f.

Acto, dito ou comportamento de quem engana, de quem é trampolineiro (ex.: não engolimos mais trampolinices desses espertalhões)....


remoalho | n. m.

Bolo alimentar que, depois de engolido, os ruminantes voltam a remoer na boca....


sabor | n. m.

Impressão que deixa na boca o que se mastiga ou se engole....


golpe | n. m.

Movimento de um corpo que choca com outro....


sapo | n. m.

O mesmo que engolir sapos....


engolidor | adj. n. m.

Que ou aquele que engole, absorve, traga....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se "frigidíssimo" é superlativo absoluto sintético de "frio".
Os adjectivos frio e frígido têm em comum o superlativo absoluto sintético frigidíssimo, pois provêm ambos do étimo latino frigidus.



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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