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deturpação

desluzido | adj.

Que não luz; sem brilho (sentido próprio e figurado)....


Nome das edições dos clássicos latinos feitas para o delfim de França, filho de Luís XIV, nas quais foram omitidos passos equívocos; emprega-se ironicamente esta fórmula a propósito de publicações expurgadas ou cujo texto sofreu deturpações para um fim....


deturpador | adj. n. m.

Que ou aquele que deturpa....


deformar | v. tr. e pron.

Alterar ou alterar-se a forma....


deturpar | v. tr.

Desfigurar; desvirtuar; malsinar....


distorcer | v. tr.

Alterar a forma ou as características habituais de....


envenenar | v. tr. | v. pron.

Propinar veneno a....


lanhar | v. tr. e pron. | v. tr.

Fazer lanhos ou dar golpes em algo, em alguém ou a si próprio....


mutilar | v. tr.

Cortar (uma parte qualquer do corpo)....


esquizofasia | n. f.

Perturbação da fala, característica da esquizofrenia, em que as palavras são deturpadas do seu sentido habitual e os neologismos são abundantes, tornando o discurso confuso ou incompreensível....


desfigurar | v. tr. e pron. | v. tr.

Alterar ou alterar-se a figura, a forma ou as feições de algo ou alguém....


confundir | v. tr. | v. pron.

Misturar coisas diversas....




Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Por vezes somos abordados desta forma: Deseja um café? Sim senhora, trago-lhe já. Sendo eu um indivíduo do sexo masculino, qual é a resposta correcta para esta questão e quais os erros que estão em causa?
As palavras senhor ou senhora são usadas como formas de tratamento de cortesia em relação a alguém a quem nos dirigimos. Assim, devem concordar em género e número com o destinatário da mensagem (ex.: As senhoras desejam chá? [sendo o destinatário feminino plural]; O senhor dá-me licença? [sendo o destinatário masculino singular]).

Na frase em questão na sua dúvida, trata-se de uma resposta dada coloquialmente (ex.: sim, senhora, trago-lhe já; não, senhores, não podem fazer isso), mas que mantém a forma de tratamento e deve obedecer à concordância lógica com o destinatário, pelo que a frase deverá ser, com um destinatário do sexo masculino, Sim, senhor, trago-lhe já.


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